A invasão de uma secretaria, uma propriedade pública, a intimidação à integridade física de servidores e a repressão ao direito de discussão de integrantes do Conselho Municipal de Transportes caracterizaram a agressividade no lamentável episódio, ocorrido nesta quarta-feira, na Secretaria de Transportes e Trânsito.
O pequeno grupo tenta desesperadamente transformar uma rotineira reunião de um conselho que existe há 23 anos num fato extraordinário e como se fosse apenas do atual Governo Municipal. Nas últimas duas décadas, o órgão já se reuniu até três ou quatro vezes em apenas um ano, nos períodos inflacionários, para aumentar a tarifa, não se constituindo, portanto, nenhuma novidade.
O desespero em tentar tornar a reunião do conselho em vantagem político-eleitoral faz com que o debate e a transparência, tão defendidos hipocritamente por esses grupelhos, sejam escancaradamente desrespeitados, desmascarando esses pseudo-defensores da sociedade.
A desastrosa interferência na reunião chegou a criar uma ridícula situação: o grupelho não permitiu sequer que o Ministério Público tivesse o direito de ter sua recomendação apreciada pelos conselheiros, após a exposição inicial do secretário Flailton Frankles.
É de se esperar que, em pleno ano eleitoral, atitudes panfletárias e, consequentemente, demagógicas, busquem o proveito pessoal mesmo com o sacrifício da paz social e normalidade administrativa.