Embora aconteça durante todo o ano, a produção de fogos entre os municípios de Muniz Ferreira e Cruz das Almas, na BR-101, passando por Santo Antônio de Jesus (a 185 km de Salvador), o maior polo produtor da região, é intensificada nesta época, movimentando uma economia basicamente informal e que envolve famílias inteiras no fabrico de bombas, espadas, rojões, vulcões e estalos de salão.
Santo Antônio de Jesus exporta não só para Salvador e diversas cidades do interior, mas também para outros estados.
Sem contar que, este ano, a demanda por esse tipo de produto será ainda maior por causa de dois eventos: a Copa do Mundo de Futebol e as eleições. Em quase toda a periferia da cidade de Santo Antônio de Jesus, encontram-se fabricos de estalos de salão, enquanto na zona rural, por exemplo, está o grosso da produção de bombas, vulcões e rojões. São raros os que obedecem às normas de segurança impostas pelo Exército e pela polícia, assim como as trabalhistas, exigidas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).
Um dos mais graves acidentes aconteceu em 1998, quando uma fábrica ilegal explodiu, matando 64 pessoas, em Santo Antônio de Jesus.
Controle – As autoridades garantem que a fiscalização será intensificada, a despeito do número cada vez maior de pessoas envolvidas na prática. “Os clandestinos não possuem o certificado de registro no Exército, onde as fábricas se comprometem a enviar mapas, informações e documentos. Fazemos as fiscalizações, que podem ser inesperadas ou até duas no semestre”, alega o coronel Paulo Araceli, chefe do Serviço de Fiscalização dos Produtos Controlados do Exército.
Em todo o Estado, segundo o Exército, apenas cinco fábricas são autorizadas. Três ficam em Santo Antônio de Jesus. A Braziliam e a Big Fire Works funcionam no Condomínio Fênix, longe das áreas residenciais. A Boa Vista, na zona rural. As outras estão em Olindina e Nova Soure.
As informações são do A Tarde