“O Polo vai gerar 5 mil empregos nos próximos cinco anos e o segmento automotivo vai continuar sendo o maior empregador, mesmo com os esforços do governo e do setor privado para a diversificação industrial”, diz o superintendente de comunicação do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), Érico Oliveira.
Segundo ele, outros 30% das vagas correspondem ao setor petroquímico, enquanto os 10% restantes estão em outros setores como metalúrgico e celulose. “Isso ocorre porque esses setores têm um nível de automação maior, com investimentos intensivos em tecnologia”, completa.
Expansões – Além do interesse em atrair novas indústrias, sobretudo no setor de autopeças, as expansões das fábricas já respondem também pela oferta de novas vagas. Até 2012, a Ford, única indústria automobilística do Norte-Nordeste, deve aumentar em até 20% sua mão de obra no centro de desenvolvimento de produtos, que hoje tem cerca de mil profissionais em Camaçari.
Até 2015, a estimativa é de gerar mil empregos diretos com a expansão da fábrica, que contará com investimentos de R$ 2,8 milhões para o Nordeste. O objetivo é aumentar a produção de 250 mil para 300 mil veículos por ano.
“Teremos um crescimento expressivo no número de engenheiros com formação em engenharia mecânica, mecatrônica e elétrica. Tanto para recém-formados quanto os mais experientes”, afirma a gerente de recursos humanos da empresa, Maria Amália Costa, sem revelar os salários.
Outro grande vetor de oportunidades está na indústria de pneus automotivos Continental, que pretende dobrar a capacidade produtiva da planta de Camaçari até 2015. Para isso, a empresa irá injetar US$ 210 milhões. “Isso nos permitirá otimizar processos, instalar novos equipamentos e criar mais 400 empregos diretos ”, afirma o diretor da fábrica, Pedro Matos.