A proposta do governo Jaques Wagner, rejeitada por opositores e organizações trabalhistas, sugere a cobrança extra por consultas e procedimentos médicos que ultrapassem um patamar pré-determinado.
O governador petista queria limitar o número de consultas a seis ao ano, mas houve pressões para que elevasse o patamar para dez.
“Não acho que seja de graça que deputados votem contra interesses do povo. Quanto o governo está gastando com cargos e benesses para os deputados?”, acusa Targino Machado, em entrevista por telefone.
O deputado critica o projeto do governo petista e acrescenta que nem mesmo o ex-governador Antonio Carlos Magalhães (1927-2007), com fama de autoritário, tentou mudar os direitos dos servidores.
“Quis dizer que a Assembleia Legislativa gasta mais de R$ 300 milhões por ano e é improdutiva. Pode acabar e não fará falta ao povo da Bahia. Infelizmente, aqui não se vota nada de interesse do povo. Os deputados são impedidos. Vota-se somente títulos de cidadão, os chamados títulos ‘puxa-saco’. O governo mandou um projeto cruel, que nem o ditador-mor, Toninho Malvadeza (apelido dado a ACM por opositores), teve coragem de fazer-ataca”.
Machado afirma que não teme uma representação dos colegas, por ter insinuado a venda de votos em plenário. “Não tenho medo de cara feia”, reage, citando o artigo 84 da Constituição do Estado, que garante a inviolabilidade do discurso.
Fonte: “Jornal do Brasil”