O evento é marcado pelo presente coletivo depositado nas águas do Rio Paraguaçu pelos filhos e filhas de santo de Cachoeira e dos demais municípios da região, em agradecimento à divindade pelas graças alcançadas pelos devotos.
Este ano, estão sendo aguardados pelos organizadores da festa, representantes de quarenta casas de santo para a cerimônia que reúne adeptos do candomblé das nações ketu, angola, ijexá, jêje, nagô, além dos centros existentes no Recôncavo. Segundo os dirigentes da ACYO (Associação Cultural Yemanjá Ogunté), responsável pela realização da festa, o objetivo é promover a união do povo de santo, fortalecendo as tradições ancestrais.
“Nosso objetivo e estreitar laços com todos os sacerdotes e sacerdotisas das religiões de matrizes africanas para preservar as nossas crenças”, destacou a presidente da ACYO, a mameto de inquice Madalena Araújo do Vale. A festa conta com o patrocínio da prefeitura de Cachoeira, por meio da Secretaria e Turismo do município.
A festa também o objetivo de difundir as manifestações populares do povo negro do Recôncavo com apresentações de grupos e artistas, antes e após o cortejo das embarcações para a entrega das oferendas.
A programação da festa terá início às 10h30min, no Palco da Feira do Porto, na orla fluvial, com a apresentação do grupo da Esmola Cantada da Ladeira da Cadeia. Em seguida, a atração será o samba de roda Filhos do Caquende e a Filhas de Yamin.
Logo após, subirá ao palco, o samba de roda Filhos da Barragem.
Às 14h terá início o ritual do xirê com a participação de todos os religiosos presentes que farão uma saudação coletiva para yemanjá e todos os orixás. Às 16 horas sairão do cais do porto, as embarcações com os balaios para serem depositados nas águas do Paraguaçu, no local sagrado conhecido como a Pedra da Baleia.
Após, as obrigações religiosas, a festa popular será retomada com a apresentação do grupo folclórico Puxada de Rede da cidade de São Félix, seguida de show do Grupo Gêge Nagô. O encerramento da festa ficará por conta do cantor Neto Bala.
