“O viés da suspensão não é o preço da promoção e sim o impacto que isso poderá ter na qualidade da rede”, afirmou o presidente da Anatel, João Rezende. Segundo ele, a TIM não apresentou à agência quais seriam os impactos da ação no serviço. Outro motivo que levou à suspensão foi o temor de que mais operadoras seguissem a promoção, causando uma sobrecarga no sistema e novas quedas no serviço de telefonia do país, o que traria desgaste à Anatel.
A má qualidade dos serviços levou o órgão regulador a suspender a venda de três operadoras em julho, mas a agência autorizou que voltassem a comercializar seus produtos pouco tempo depois, após as empresas aceitarem investir na qualidade de suas redes.
A TIM, na ocasião, foi a operadora mais punida, e assim como as outras empresas do setor ainda não cumpriu todo o plano de melhoria de sua rede definido pela agência. Isso torna, na avaliação de técnicos, um motivo para que seja proibida de lançar uma nova promoção ainda mais agressiva do que o plano Infinity, que a levou a ter problemas inicialmente.
A reportagem apurou que a Anatel avisou a TIM nesta quinta-feira (15) sobre a decisão numa tentativa de que a operadora recuasse do novo plano. Mas a empresa encaminhou uma espécie de folder da promoção como resposta.
Na promoção suspensa, chamada de Infinity Day, a primeira chamada local entre celulares da TIM custaria R$ 0,50 e as demais seriam gratuitas e ilimitadas. A promoção da operadora foi oferecida em algumas cidades do país. No plano Infinity, a operadora cobrava R$ 0,25 por ligação.
A TIM informou, por meio de nota, que “foram transmitidas para a agência todos os detalhes técnicos e mercadológicos da iniciativa, que é limitada em 19 cidades para oportuna análise conforme regulamentação em vigor”.