A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) anunciou, nesta segunda-feira (17) a primeira morte causada por Febre Oropouche no estado. A vítima era uma mulher de 24 anos, residente em Valença, localizada a 123 km de Salvador.
O falecimento da jovem ocorreu em março deste ano, mas só foi anunciado nesta segunda-feira, após a realização de vários exames necessários para confirmar a causa da morte. Uma possível segunda morte pela doença está sob investigação em Camamu, envolvendo um paciente de 21 anos
Este é o primeiro ano em que a febre Oropouche foi registrada no estado. Desde março, a Sesab confirmou 691 casos da doença em 48 municípios da Bahia. O médico infectologista Antônio Bandeira afirmou que, até agora, não havia nenhum registro de óbito por febre Oropouche na literatura médica.
O que é a Febre do Oropouche?
Conforme informações do Ministério da Saúde, a ‘Febre do Oropouche’ é uma doença viral transmitida no ambiente urbano pelo mosquito Culicoides paraensis, também chamado de maruim ou mosquito-pólvora. Até agora, não há evidências de transmissão direta entre pessoas. Ainda de acordo com a entidade de saúde, os principais sintomas incluem: dor de cabeça, muscular, nas articulações, náusea e diarreia.
Os sintomas se assemelham muito aos da dengue e chikungunya. Portanto, é fundamental estar atento e procurar uma unidade de saúde. No caso da febre Oropouche, os sintomas geralmente duram de 2 a 7 dias e raramente deixam sequelas.
Tratamento
Não há tratamento específico para a Febre do Oropouche; o enfoque é no alívio dos sintomas. Devido ao aumento no número de casos, a Secretaria da Saúde do Estado intensificou as ações de investigação epidemiológica nas áreas onde a doença foi registrada.
(Foto: Flávio Carvalho/WMP/Fiocruz)