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Festival do Queijo Artesanal da Bahia une música, tradição, inovação e gastronomia em Salvador

Foi ao ritmo do cantor Alexandre Leão que teve início, nesta quinta-feira (19), a primeira edição do Festival do Queijo Artesanal da Bahia. O evento acontece até sábado (21), no Mercado do Rio Vermelho, a Ceasinha, em Salvador. Durante este período, mais de 60 produtores apresentam uma ampla variedade de queijos tradicionais e autorais, feitos com receitas únicas que refletem a diversidade dos biomas baianos.

Foto: Thuane Maria/GOVBA

“A turma da queijaria da Bahia há muito tempo está lá produzindo e vendendo no mercado local. E eles precisavam se organizar, enquanto categoria que produz um bom queijo, seja o tradicional ou da sua própria autoria. Então, vir para cá, é fazer com que o povo da Bahia conheça o que a gente tem”, explicou o secretário de desenvolvimento rural, Osni Cardoso, lembrando que as agroindústrias são responsáveis pela geração de emprego e renda no interior baiano.

Foto: Thuane Maria/GOVBA

“A gente, quando traz essa turma para cá, fruto de uma política pública, com o serviço de inspeção municipal, com a doação de equipamentos, oportunizando eles a estarem em espaços como esse, a gente percebe que é decisão acertada colocar prioridade nas políticas públicas para a agricultura familiar”, completou o diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), Jeandro Ribeiro.

A abertura do evento contou com a vista da primeira-dama da Bahia, Tatiana Velloso. A iniciativa é do Governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e da  CAR, com apoio das Secretarias de Desenvolvimento Econômico (SDE) e do Turismo (Setur-BA), e a Agência de Defesa Agropecuária (Adab). Na sexta-feira, o festival acontece das 10h às 21h. No sábado, das 10h às 19h, no Mercado do Rio Vermelho. A entrada é gratuita. “Eu achei super legal porque é um incentivo para o pessoal que produz para vender. É um espaço que é dado a eles, muito legal”, aprovou a turista de Sergipe, Rita de Cássia Barros.

Foto: Thuane Maria/GOVBA

Quem também gostou foi a secretária do Consórcio Público do Velho Chico, Cristina Castro. “Quem quiser conhecer a Bahia, a agricultura familiar, o sabor da agricultura familiar, tem que vir aqui. Estou maravilhada com a quantidade de produtos de qualidade premiados, inclusive internacionalmente. É uma oportunidade única de conhecer e valorizar o queijo da Bahia”, disse Cristina.

A programação diversificada inclui palestras, oficinas, harmonizações e um espaço dedicado a vinhos e cachaças baianas. Além de Alexandre Leão, também vão se apresentar Márcia Short e Fragmentos do Samba. O festival promete unir tradição, inovação e gastronomia em uma celebração que valoriza a qualidade e autenticidade do queijo. Um dos destaques é o Coração de Massapê, produzido por João Campos, da Fazenda Licurizal, em Santanópolis. Este queijo trouxe para a Bahia a primeira medalha no Mundial do Queijo de Tours, na França, de 2023.

“A medalha facilita a comunicação com o consumidor. É um selo de qualidade. Ele sabe que se a gente ganhar uma medalha na França, é porque o produto é bom. Ele deixa de comprar um produto de fora para comprar o produto da Bahia”, considerou João Campos. De acordo com ele, o festival é uma grande oportunidade de dar visibilidade ao micro, ao pequeno e à agricultura familiar, e mostrar para o consumidor que o queijo baiano deve e merece ser consumido.

Foto: Thuane Maria/GOVBA

Produção de queijos

A Bahia tem uma tradição de quase 500 anos na produção de queijo. O início da produção ocorreu no século XVI pelos colonizadores, que trouxeram para a capital baiana a tradição europeia de fabricar este alimento derivado do leite.

Durante o festival, quem visitar o Mercado do Rio Vermelho, pode se reconectar com essa rica história, além de aproveitar tudo o que o queijo baiano tem a oferecer. Além de queijos tradicionais como coalho, requeijão e queijo de cabra, o estado se destaca pela inovação em queijos autorais, pois muitos produtores criaram receitas próprias, que refletem a diversidade e a riqueza dos nossos biomas, como a Mata Atlântica, o Agreste, a Caatinga e o Cerrado.

Por Anderson Oliveira/GOVBA

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