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Após velório no RJ, corpo de Evandro Teixeira será cremado e cinzas vão para Canudos

Familiares, amigos e fãs lotaram a despedida do ícone do fotojornalismo.

O corpo do fotojornalista Evandro Teixeira, um dos maiores nomes do fotojornalismo brasileiro, foi velado na manhã desta terça-feira (5) na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, no Centro da cidade.

O corpo do fotógrafo vai ser cremado em uma cerimônia fechada para a família e as cinzas serão levadas para Canudos, na Bahia.

Segundo a família, a decisão foi tomada por causa da relação dele com o lugar e com as pessoas que ele fotografou e que eram sobreviventes da guerra de Canudos.

Evandro morreu nesta segunda-feira (4), aos 88 anos, na Clínica São Vicente, na Gávea, na Zona Sul, onde estava internado. A causa da morte foi falência múltipla de órgãos em decorrência de complicações de uma pneumonia.

Carina Almeida, filha do fotojornalista Evandro Teixeira, conta sobre a importância do velório do pai ser na Câmara dos Vereadores do Rio — Foto: Marcos Coelho

Parentes, amigos e fãs chegaram cedo para se despedir e prestar a última homenagem ao fotógrafo, que deixou a esposa, Marli, com quem esteve casado por 60 anos, duas filhas e três netas.

“Essa despedida dele aqui na Câmara é muito emblemática porque todo o registro dele do período do golpe militar e as fotos emblemáticas da passeata dos cem mil aqui, viraram registros históricos. É interessante que nas exposições dele, a gente vê a quantidade de jovens indo. E isso é importante porque a gente precisa manter a memória viva, para as pessoas não esquecerem o que é viver numa ditadura.” disse Carina Almeida, uma das filhas de Evandro.

A importância do legado de Evandro Teixeira também foi citada por amigos e fotojornalistas que compareceram ao velório.

Ricardo Stuckert, fotógrafo oficial do presidente Lula e amigo de Evandro Teixeira, conta sobre inspiração de Evandro. — Foto: Marcos Coelho

“Evandro é uma pessoa que sempre nos trouxe a fotografia além do tempo. Eu estava em uma cobertura, estava em um lugar, e eu ficava próximo dele, porque o Evandro era o tipo daquele fotógrafo que a fotografia vinha para ele. E não ele vinha para a fotografia, como um bom jogador de bola, que a bola vem até o jogador”, contou Ricardo Stuckert, fotógrafo oficial do presidente Lula e amigo de Evandro há 34 anos.

Corpo do fotojornalista Evandro Teixeira é velado nesta terça-feira na Câmara Municipal do Rio — Foto: Marcos Coelho

Por G1

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