Uma cerimônia horas antes do duelo entre Brasil e Uruguai, na Arena Fonte Nova, marcou a assinatura de uma carta-compromisso entre a CBF e o Ministério das Mulheres pelo Feminicídio Zero. O acordo também visa uma Cooperação Técnica para a implementação do Protocolo Não é Não em arenas esportivas.
A parceria foi celebrada com as assinaturas do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, e a Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, e participação do Governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues. A Federação Bahiana de Futebol participou da solenidade com seu presidente, Ricardo Lima, o vice-presidente, Manfredo Lessa, e a diretora de competições, Taíse Galvão.
Também marcaram presenças o presidente do Sport, Yuri Romão, os deputados estaduais Bobô e Fabíola Mansur, e a deputada federal Lídice da Mata.
Segundo a CBF, a parceria vai garantir a segurança de meninas e mulheres em estádios, arenas e outros espaços em que estejam na condição de torcedoras, equipe técnica e atletas. Além disso, entre as ações conjuntas estão o incentivo à inserção e permanência das mulheres no esporte, desde as categorias de base, preparando o Brasil para a Copa do Mundo de Futebol Feminino que o país sediará em 2027.
“A CBF está sempre na luta contra o preconceito e vamos usar a estrutura das federações para intensificar a campanha por todo o país. Queremos alegria dentro dos estádios e também alegria nos lares, para que não aconteça violência contra a mulher”, afirmou Ednaldo Rodrigues.
“Trazer essa campanha sobre o enfrentamento à violência contra mulheres para os estádios é uma forma de incluir os homens, que são aliados essenciais, nesse debate. O Feminicídio Zero é um chamado para que toda a sociedade se incomode com a violência, reaja e denuncie. É dever do Estado construir políticas públicas, mas precisamos do apoio da população para que haja uma mudança estrutural de comportamento”, disse a ministra Cida Gonçalves.
O presidente da FBF, Ricardo Lima, parabenizou a iniciativa. “Muito importante essa parceria entre a CBF e o Ministério das Mulheres. Futebol é uma ferramenta de inclusão social, o esporte mais amado pelo povo brasileiro e pode ser um forte aliado no enfrentamento à violência contra mulheres”.
Já Taíse Galvão destacou a importância da campanha no futebol. “A parceria entre a CBF e o Ministério do Esporte para o programa Feminicídio Zero é um passo essencial para combater a violência contra as mulheres, especialmente em um cenário onde o futebol, muitas vezes, se transforma em um gatilho para agressões por parte de companheiros e ex-companheiros. É preciso que todos nós, como sociedade, tenhamos consciência e vigilância para acabar com esse ciclo doloroso. O futebol deve unir, inspirar e trazer alegria, jamais ser um pretexto para violência. Que esse programa seja um marco na promoção do respeito e da proteção às mulheres, transformando o esporte em um espaço de segurança e igualdade”, finalizou a diretora.
Fonte: Ascom/FBF