Nove membros da torcida organizada Mancha Alviverde, composta por palmeirenses, foram presos na manhã desta terça-feira (3). Ao todo, de acordo com a CNN, 13 mandados de prisão e 23 de busca e apreensão foram cumpridos em uma operação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil de São Paulo (PC-SP).
Já na delegacia, os palmeirenses foram presos pela participação na emboscada da Mancha Alviverde contra integrantes da Máfia Azul, ligada ao Cruzeiro, em 27 de outubro. Naquela ocasião, um cruzeirense morreu, identificado como José Victor dos Santos Miranda, e outros 17 ficaram feridos.
Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo revelou detalhes da operação.
“Policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) cumprem nesta terça-feira (3) mandados de prisão contra envolvidos em uma emboscada contra um ônibus que transportava torcedores cruzeirenses, na Rodovia Fernão Dias, no último dia 27 de outubro”, publicou.
Outros presos
Além dos nove palmeirenses nesta terça-feira (3), outros dois membros da Mancha Alviverde também já haviam sido presos. O suspeito Alekssander Ricardo Tancredi, de 30 anos, foi preso em 1º de novembro, e o segundo detido foi pego pela polícia no dia 26 do mês passado, em Mairiporã, no interior de São Paulo, onde ocorreu a emboscada.
Reflexos em Cruzeiro x Palmeiras
O primeiro encontro entre Cruzeiro e Palmeiras depois da emboscada será nesta quarta-feira (4), e o crime carrega consequências para ambos.
No dia 18 de novembro, o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, se manifestou defendendo que o jogo tenha torcida única. Ele destacou preocupação com o possível reencontro entre as torcidas de Cruzeiro e Palmeiras.
O Palmeiras se posicionou de forma contrária e pressionou a CBF para que a medida não fosse acatada. O clube alegou que não poderia ser punido com a ausência de sua torcida por duas razões: o princípio da isonomia, já que o Cruzeiro teve torcedores no Allianz Parque — no primeiro turno do Campeonato Brasileiro — e a falta de envolvimento com os suspeitos do crime.
A Confederação decidiu que o jogo será disputado com portões fechados, já que não haveria disponibilidade para garantir a segurança de duas torcidas no Mineirão. O Cruzeiro afirma que a decisão “penaliza injustamente a sua torcida e a instituição”, e o vice-governador de Minas revelou à reportagem da Itatiaia que judicializou o caso para que cruzeirenses compareçam ao estádio. (Fonte: Itatiaia Esporte).