Um argentino de 37 anos e um amigo dele da Bahia foram sequestrados e torturados em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, na última sexta-feira (17). Os dois foram mantidos como reféns por cerca de 12 horas, segundo informações do g1.
O estrangeiro disse à Polícia que chegou a fazer transferências via Pix no valor de aproximadamente R$ 100 mil para “diversas contas” dos sequestradores. O grupo criminoso era formado por pelo menos nove homens, segundo as investigações.
A dupla foi resgatada com vida no trecho entre a Praia do Forte e o município de Itacimirim. No entanto, o baiano segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital e ainda não prestou depoimento.
Por sua vez, o argentino já recebeu alta hospitalar e conseguiu falar com a Polícia Civil. Ele mora na Bahia e é comerciante. A identidade dos dois não foi divulgada.
Investigação
A delegada-geral da Polícia Civil da Bahia, Heloísa Brito, relatou que busca apurar a quem pertencia cada uma das contas que teriam recebido transferências da vítima.
“A polícia avalia que] alguém monitorou que essa pessoa fazia, inclusive, transações em dinheiro porque, no momento, foi pedido que ele fizesse o Pix e ele tinha esse dinheiro disponível”, afirmou Heloísa, em entrevista à TV Bahia.
De acordo com a delegada, a suspeita é que os dois já estavam sendo monitorados pelos criminosos no barzinho onde foram sequestrados. A dupla só foi resgatada após uma ronda policial ser informada de que suspeitos “desmanchavam” um carro na região.
Os sequestradores conseguiram fugir do local, mas os gritos das vítimas chamaram a atenção dos agentes. A investigação do caso está a cargo da Delegacia Especializada Antissequestro (DAS).
“Foram quase 12 horas em que eles ficaram reféns dos sequestradores, inclusive, cavaram um local e diziam que iam matar, inclusive eles tinham certeza que seriam mortos, um deles já tinha sido atingido por um disparo de arma de fogo, que não foi fatal”, explicou a delegada. (Fonte: Diário do Nordeste).