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SP confirma primeiro caso brasileiro de nova cepa responsável por surto na África

Primeiro registro de clado 1b é de moradora da Região Metropolitana de 29 anos; ela passa bem e diretor do Emilio Ribas fala que caso é investigado, mas que momento não é de 'preocupação'

Paciente com monkeypox é examinado no hospital Arzobispo Loayza em Lima, no Peru — Foto: Ernesto BENAVIDES / AFP

O estado de São Paulo confirmou o primeiro caso da nova cepa da Mpox, chamada clado 1b, no país. O quadro é de uma mulher de 29 anos residente da Região Metropolitana de São Paulo que tem boa evolução, passa bem, e deve ter alta na semana que vem.

Ela não viajou para outras regiões onde há surto da infecção, contudo, teria recebido pessoas do Congo, seu país de origem, recentemente. Ainda não é possível, porém, cravar o caminho exato que a infecção fez até chegar no país, o que é investigado pelo serviço de vigilância.

De acordo com o diretor do Instituto de Infectologia Emilio Ribas, Luiz Carlos Pereira Júnior, o exame da paciente já foi avaliado e teve a confirmação de que trata-se de uma infecção motivada pela cepa que causou um surto de longa duração no Congo e se espraiou para países vizinhos. O momento, ressalta o especialista, não é de pânico, pois trata-se de uma doença de baixa letalidade e sem indicativo de alta transmissão no país.

— Podemos passar o recado de que esse não é um momento de preocupação. Em diversos países houve a vigilância de contactantes (dos primeiros casos) e o bloqueio da doença. Por isso que fora do Congo, onde sua prevalência é maior, o clado 1b não se estabeleceu. Nossa vigilância é muito experiente — afirmou.

A paciente em questão chegou a procurar outro serviço de saúde paulista e teve alta sob a orientação, diz Luiz Carlos Pereira Junior, de praticar o isolamento indicado pela doença, de três semanas. Seu quadro de lesões, porém, causava desconforto e, por isso, ela foi encaminhada ao Instituto Emílio Ribas. O especialista, porém, diz que seu comportamento fora dos serviços de saúde não inspira preocupação em relação à disseminação da doença. Que, em geral, requer contato íntimo com a pessoa infectada, o que incluí as lesões causadas pela doença ou compartilhamento de roupas de cama.

O especialista ressalta que em caso de sintomas compatíveis com a doença (como dor no corpo, febre e lesões: veja mais abaixo) é indicado procurar uma Unidade Básica de Saúde para testagem e tratamento.

O Brasil lida cotidianamente com a Mpox desde 2022, quando os primeiros registros foram confirmados. A cepa que circula no país, contudo, é o clado 2. No estado de São Paulo, em 2024, por exemplo, foram identificados 1126 casos sem nenhuma morte.

Quais os sintomas da mpox?

Sintomas iniciais comuns da mpox envolvem febre, dores musculares, cansaço e linfonodos inchados. Uma característica comum da doença é o aparecimento de erupções na pele (lesões), como bolhas, que geralmente começam no rosto e se espalham para o resto do corpo, principalmente as mãos e os pés, mas também podem surgir nas genitálias.

Os sintomas aparecem entre 6 e 13 dias após a contaminação, mas podem levar até três semanas da exposição para se manifestarem. Geralmente, quando a doença é leve, e os sintomas desaparecem sozinhos dentro de duas a três semanas.

Como a mpox é transmitida?

Segundo a OMS, a mpox pode ser transmitida aos seres humanos por meio do contato físico com alguém que esteja transmitindo o vírus, com materiais contaminados ou com animais infectados. No entanto, uma das vantagens evolutivas que fez o vírus se disseminar globalmente de forma inédita em 2022 foi a disseminação via relações sexuais.

Agora, as evidências apontam que o Clado 1 também conseguiu se propagar pelo sexo. Em uma avaliação do surto, de junho, a OMS disse que a “transmissão comunitária sustentada (…) impulsionada pela transmissão sexual e outras formas de contato físico próximo” fazem o risco ser alto na República Democrática do Congo.

(Fonte: O Globo).

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