
O julgamento de sete dos oito profissionais acusados de negligência médica na morte de Diego Maradona começou nesta terça-feira, em Buenos Aires. A Justiça da Argentina trata o caso como “homicídio com possível intenção”, crime que prevê pena de oito e 25 anos de prisão. A lenda argentina faleceu em novembro de 2020 por uma parada cardiorrespiratória.
As audiências acontecem em San Isidro, região metropolitana da capital argentina. Mais de 100 testemunhas são esperadas para depor, incluindo familiares de Maradona, amigos, jornalistas, funcionários e médicos que cuidaram dele ao longo dos anos. A previsão é que o julgamento aconteça até julho.

A oitava ré no caso de Maradona, a enfermeira Dahiana Gisela Madrid, pediu para ser julgada separadamente. Dahiana teve a primeira audiência preliminar em outubro do ano passado e ainda não teve sentença do júri. Todos os réus negam responsabilidade pela morte do astro.
O caso
Diego Maradona morreu no dia 25 de novembro de 2020, aos 60 anos, em Tigre, Buenos Aires. A autópsia apontou um “edema pulmonar agudo secundário à insuficiência cardíaca crônica exacerbada” que aconteceu durante a manhã. O ex-jogador se recuperava em casa de uma cirurgia para retirada de um coágulo sanguíneo sofrido em um acidente doméstico.
A Justiça da Argentina decidiu, em abril de 2023, levar os profissionais responsáveis por Maradona a julgamento. Em documento, a Câmara de Apelações e Garantias de San Isidro afirma que o grupo “incorreu em ações e omissões defeituosas, determinantes para o resultado da morte ora imputada”. Um relatório de uma junta médica havia indicado que o ídolo argentino foi “abandonado à própria sorte”, com “tratamento inadequado, deficiente e imprudente”.
Oito profissionais da saúde se tornaram réus no caso da morte de Maradona: o neurocirurgião Leopoldo Luque; a psiquiatra Agustina Cosachov; o psicólogo Carlos Díaz; a médica que coordenava os cuidados domiciliares, Nancy Forlini; o coordenador de enfermagem Mariano Perroni; o enfermeiro Ricardo Omar Almirón; a enfermeira Dahiana Gisela Madrid; e o médico clínico Pedro Di Spagna.
Por Ge