
O cenário eleitoral para o governo de Minas Gerais promete ficar ainda mais embolado. O deputado Aécio Neves (PSDB) tem reunido apoios para disputar o cargo em 2026. Prefeitos fazem romaria em seu gabinete e correligionários comemoram novas pesquisas, ainda não publicadas, que apontam seu crescimento em segundo lugar.
Nesta segunda-feira, 21, o evento pelos 40 anos da morte de seu avô Tancredo Neves, em São João Del Rei (MG), será também um termômetro do potencial político de Aécio, apostam aliados. O deputado nega estar articulando candidatura e nem fala se disputará eleições em 2026.
Aécio Neves costuma repetir uma frase quando é abordado sobre o tema: “Uma decisão certa tomada na hora errada pode se transformar numa decisão errada”.
Apesar de esquivar-se publicamente do tema, nos bastidores tucanos estão empolgados com a possibilidade de Aécio disputar o governo de Minas novamente. Ele ocupou o cargo de 2003 a 2010.
Como estão os números e cenários em Minas
Pesquisa Quaest divulgada em dezembro mostrou o senador Cleitinho (Republicanos) em primeiro com 26%. Em segundo apareceu Aécio Neves (PSDB) com 15%. O ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (Republicanos) e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), aparecem na sequência, com 14% e 7%, respectivamente
Já um levantamento mais recente da Paraná Pesquisas, no início de abril, mostrou que o deputado federal Nikolas Ferreira (PL) e o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos) aparecem à frente nos principais cenários testados. Aécio Neves não foi testado.
Na pesquisa estimulada, Cleitinho lidera com 39,7% das intenções de voto no primeiro cenário, seguido de Kalil, 19,3%, e de Pacheco com 14,6%. Na sequência estão o deputado federal Reginaldo Lopes (PT), com 3,8%, o vice-governador de Minas Mateus Simões (Novo), com 3%, e o deputado estadual Tadeuzinho (MDB), também com 3%. Votos em branco e nulo somam 11,8%, e 4,8% não souberam responder.
No segundo cenário, Nikolas Ferreira assume a dianteira com 39,4%, enquanto Kalil aparece com 20% e Pacheco com 15,2%. Reginaldo Lopes, Tadeuzinho e Mateus Simões aparecem com 3,6%, 2,8% e 2,7%. Bancos e nulos são 11,7% e 4,6% não souberam responder.
Por Roseann Kennedy / Estadão / Foto George Gianni -PSDB