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Morre no Rio, aos 84 anos, Nana Caymmi, uma das maiores vozes da música brasileira

A cantora Nana Caymmi, referência incontestável da música popular brasileira, faleceu nesta quinta-feira (1º), aos 84 anos, no Rio de Janeiro. Ela estava internada desde agosto de 2024 na Casa de Saúde São José, em Botafogo, onde tratava uma arritmia cardíaca.

Nascida Dinahir Tostes Caymmi em 29 de abril de 1941, no Rio de Janeiro, Nana era filha de Dorival Caymmi e Stella Maris. Criada em um ambiente profundamente musical, iniciou sua trajetória artística ainda criança, ao lado do pai, interpretando com ele a canção “Acalanto”, composta por Dorival especialmente para ela.

Nana construiu uma discografia marcada pela coerência e sofisticação, como destacou o colunista Mauro Ferreira, sempre cuidadosa na escolha de repertórios, arranjadores e produtores.

Aos 18 anos, casou-se com um médico venezuelano e foi morar na Venezuela. A experiência se mostrou desafiadora, e ela retornou ao Brasil com as filhas Estela e Denise, grávida de seu terceiro filho, João Gilberto.

Dona de uma voz inconfundível, Nana gravou canções de nomes como Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Milton Nascimento e Roberto Carlos, sempre imprimindo sua identidade única. Também se destacou por releituras emocionantes das obras de seu pai, como “O Que É Que a Baiana Tem” e “Saudade da Bahia”.

Em 2004, ao lado dos irmãos Dori e Danilo, recebeu o título de cidadã baiana — homenagem que a comoveu profundamente.

Além dos palcos e dos discos, Nana também esteve presente em trilhas sonoras de novelas e minisséries da TV Globo. Apesar de ter anunciado algumas vezes a aposentadoria, voltou à cena artística em momentos especiais, como na celebração do centenário de Dorival Caymmi. Com informações do G1.

 

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