O cantor Netinho, de 58 anos, comemorou êxito no tratamento contra um câncer linfático, na noite de segunda-feira (9), cerca de três meses depois de receber o diagnóstico da doença.
“Aleluia!!!! No exame PET/CT que eu fiz nessa sexta-feira 6 [JUN] 2025, não foi encontrado qualquer sinal de câncer no meu corpo inteiro. Estou curado. Deus orientou minha querida amiga e médica Dra. Glória Bonfim Arruda e toda a sua incrível equipe de médicos. Deus me orientou também em tudo que fiz e estou fazendo”, celebrou o cantor.
Embora Netinho tenha usado o termo “curado”, a cura da doença é quando o câncer é totalmente erradicado, mas só se consegue saber isso depois de ao menos cinco anos sem sinal da doença. Antes disso, o termo correto é “remissão”.
Netinho afirmou que, embora tenha apresentado êxito no tratamento, continuará com as sessões de quimioterapia. “Apesar do resultado fantástico do meu exame, conversei hoje com Dra. Glória e ela me disse que terminarei todo o tratamento fazendo as duas últimas sessões de quimio para consolidar o resultado”, pontuou.
Ainda por meio do Instagram, Netinho afirmou que está pronto para enfrentar as últimas etapas do processo. “[…] Estou aqui firme e forte já na 5ª temporada da químio e restará apenas mais uma. MUITO OBRIGADO MEU QUERIDO DEUS!!! 🙏🏻🙏🏻🙏🏻 VAMOS QUE VAMOS!”, agradeceu.
Netinho tinha sido novamente hospitalizado há duas semanas, devido ao câncer. Na quarta fase do treinamento, ele ficou internado no Hospital Aliança Star, em Salvador, onde passou por uma nova sessão de quimioterapia.
Netinho trata o câncer desde março
O cantor Netinho revelou que foi diagnosticado com câncer no sistema linfático no dia 22 de março, por meio do site oficial dele. Na época, ele afirmou que estava recebendo acompanhamento “onco-hematológico”.
Em 9 de maio, ele relatou que havia recebido alta hospitalar e encerrado a terceira fase do tratamento. O cantor estava internado no hospital Aliança Star, em Salvador. No dia seguinte, Netinho contou que planejava voltar aos palcos em um show na cidade de Aracaju, capital de Sergipe, após finalizar o tratamento.
A apresentação não tinha data para acontecer, já que ele estava na metade do tratamento. Ainda no início de maio, ele foi submetido a um transplante de medula óssea – que é um tipo de tratamento proposto para algumas doenças que afetam as células do sangue, como o linfoma. No caso dele, o transplante foi autogênico, ou seja, quando a medula vem do próprio paciente
“SE DEUS ME PERMITIR: já estamos programando a data para o meu retorno aos shows. Axé raiz PURO, sem qualquer vulgaridade ou baixaria. Só muita alegria positiva e muita autoestima elevada. MAS NÃO É PARA LOGO. Ainda estou na METADE do meu tratamento de quimioterapia e depois dele ainda farei um Transplante de Medula, sem necessidade de doador, DE MIM PRA MIM MESMO! Mas já aviso: meu show de retorno aos shows SERÁ EM ARACAJU/SE”, disse o cantor, à época.
No dia 20 de maio, o artista voltou a ser internado, desta vez para a quarta fase das sessões de quimioterapia. Netinho colocou um PICC, Cateter Central de Inserção Periférica, para ser submetido ao tratamento que já estava na fase final.
O que é linfoma
Conforme o Instituto Nacional do Câncer (Inca), linfoma ou Doença de Hodgkin é um tipo de câncer que se origina no sistema linfático, conjunto composto por órgãos (linfonodos ou gânglios) e tecidos que produzem as células responsáveis pela imunidade e vasos que conduzem essas células através do corpo.
A doença surge quando uma célula de defesa do corpo, ou linfócito, se transforma em uma célula maligna capaz de se multiplicar descontroladamente. A célula maligna começa a produzir, nos linfonodos, cópias idênticas, também chamadas de clones. Com o passar do tempo, essas células malignas podem se disseminar para tecidos próximos e atingir outras partes do corpo.
A doença inicia geralmente no pescoço e na região do tórax chamada mediastino. O linfoma pode aparecer em qualquer faixa etária, porém é mais comum entre adolescentes e adultos jovens (15 a 29 anos), adultos (30 a 39 anos) e idosos (75 anos ou mais). Ainda de acordo com o Inca, homens têm maior propensão a desenvolver a enfermidade, em comparação com as mulheres.
A incidência de casos novos permaneceu estável nas últimas cinco décadas, enquanto a mortalidade foi reduzida em mais de 60% desde o início dos anos 1970 devido aos avanços no tratamento. A maioria dos pacientes com linfoma pode ser curada com o tratamento disponível atualmente. (Fonte: G1 BA).
