
Tema da série biográfica “Raul Seixas: eu sou”, recém-lançada no Globoplay — com o ator Ravel Andrade no papel principal —, Raul Seixas se casou cinco vezes ao longo da vida. Com exceção da primeira mulher, a americana Edith Wisner, o artista baiano criou canções a quatro mãos com todas as demais companheiras. É uma situação singular na história da música brasileira — ainda mais interessante pelo fato de que nenhuma das quatro tinha experiência com composição antes do relacionamento com ele.
Ao que tudo indica, Raul era quem incentivava as parceiras a compor. A seguir, relembre os relacionamentos do compositor responsável por clássicos da MPB, como “Maluco beleza”, “Ouro de tolo” e “Metamorfose ambulante”.
Edith Wisner
O primeiro casamento de Raul Seixas foi com a americana Edith Wisner, durante o período em que viveu nos Estados Unidos, entre 1967 e 1974. Juntos, eles tiveram a primogênita de Raul, Simone, em 1970. Edith era bastante discreta e se manteve longe dos holofotes após o fim do relacionamento.
(Raul e Edith mantiveram um relacionamento durante sete anos e, juntos, tiveram Simone — Foto: Reprodução / Facebook).
Os dois se conheceram entre 1964 e 1965, durante uma visita de Edith ao Brasil. Na ocasião, ela estava acompanhada do pai George Wisner. Foi durante uma festa, ao lado da irmã, que a americana e o cantor trocaram flertes pela primeira vez.
Edith e Raul viveram altos e baixos durante os sete anos de relacionamento. Ela, inclusive, aparece como compositora de uma das primeiras canções de Raul, intitulada “Let me sing, let me sing”. Ela assina sua participação como “Nadine Wisner” junto com o artista.
Segundo a biografia “Raul Seixas: não diga que a canção está perdida”, o casamento ficou abalado no momento em que o músico começou a se envolver com as chamadas sociedades ocultistas, o que deixava a esposa assustada. A influência de nomes como o britânico Aleister Crowley, membro da Ordem Hermética da Aurora Dourada, e o uso de drogas por parte do marido a incomodavam.
Glória Vaquer
Em 1974, Raul conheceu Gloria Vaquer, com quem se casou naquele mesmo ano. Gloria era irmã do guitarrista Jay Anthony Vaquer, que tocou e fez arranjos para os primeiros álbuns do baiano. Foi Jay foi quem apresentou a moça a Raul quando ela quis vir ao Brasil pela primeira vez, em 1974. (Gloria e Raul, no início do namoro, em 1974 (Foto: Arquivo pessoal).
Gloria Vaquer dividiu os vocais com Raul na música “Sunseed” (do álbum “Novo Aeon”, de 1975), cantou “The diary” no disco “Raul Rock Seixas”, e Raul a homenageou na faixa “Love is Magick”. Em 1976, Gloria ficou grávida e nasceu Scarlet Vaquer Rainbow Seixas. Quando ela decidiu deixar Raul e voltou para os Estados Unidos com a filha, Raul tentou retomar a relação, sem êxito.
Tânia Menna Barreto
Tânia foi companheira de Raul por cerca de três anos e também se envolveu com a carreira musical do artista, assinando algumas parcerias. (Foto: You Tube).
Ela começou a compor durante o relacionamento com o cantor, incentivada por ele. O casamento não gerou filhos, mas deixou marcas criativas.
Kika Seixas
Um dos relacionamentos mais emblemáticos de Raul foi com Kika Seixas. Juntos, eles viveram uma relação intensa, que mesclava amor, parceria artística e… os conflitos típicos do estilo de vida do cantor. Produtora, Kika teve papel importante em sua carreira, participando de shows e acompanhando o artista em momentos difíceis.
Os dois geraram a filha Vivian, que hoje atua como DJ e produtora musical. Kika é uma das guardiãs do legado de Raul até hoje. Raul Seixas com a ex-esposa, Kika Seixas, e a filha, Vivian (Foto: Reprodução: You Tube)
Lena Coutinho
Última esposa de Raul Seixas, Lena Coutinho viveu com ele até o ano anterior à morte do cantor. A relação teve momentos difíceis, principalmente devido à saúde fragilizada do artista e sua luta contra o alcoolismo. Eles não tiveram filhos.
Camila Molica interpreta a última mulher do cantor, Lena Coutinho, na série biográfica de Raul Seixas, no Globoplay/ Foto: Reprodução.
Por O Globo / Rio de Janeiro