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Parque brasileiro com pinturas rupestres vira Patrimônio Mundial da Unesco

Entre formações geológicas colossais e registros milenares, reserva é um patrimônio que emociona geólogos e arqueólogos

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Num recanto esquecido do mapa brasileiro, a natureza arquivou seus segredos mais bem guardados. Aqui, cada rocha conta uma história, cada caverna esconde um capítulo da evolução do planeta.

Este santuário no norte de Minas Gerais é um dos poucos lugares do mundo onde geologia, arqueologia e biodiversidade se encontram em harmonia perfeita. Mas para entender sua verdadeira importância, é preciso entender seu interior.

Imagine galerias subterrâneas tão extensas que levariam horas para percorrer. Pinturas rupestres tão vivas que parecem ter sido feitas ontem. Um ecossistema tão único que cientistas ainda descobrem novas espécies. Este é o Peruaçu.

O reino subterrâneo do norte mineiro

No coração de Minas Gerais, o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu revela por que é um dos cenários mais extraordinários do país. Seu nome, herdado dos indígenas Xacriabá, significa “buraco grande” – uma referência direta aos imensos cânions e cavernas que dominam a paisagem.

São mais de 200 cavernas catalogadas, algumas com galerias que se estendem por quilômetros. A Gruta do Janelão, uma das mais impressionantes, abriga a maior estalactite do mundo: um colosso de 28 metros que pende do teto como se desafiasse a gravidade.

A galeria de arte mais antiga das Américas

As paredes do Peruaçu são páginas de um livro escrito há milênios. Pinturas rupestres em tons de vermelho, amarelo e branco retratam cenas de caça, rituais e até plantações – um registro único da vida pré-histórica no Brasil.

Algumas dessas imagens têm mais de 12 mil anos, preservadas pelo microclima das cavernas. Os estilos variam, revelando diferentes ocupações humanas ao longo dos séculos. São marcas deixadas por quem habitou essas terras muito antes de o Brasil ser Brasil.

Onde três biomas se abraçam

O parque é um raro ponto de encontro entre Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica. Essa mistura única cria um santuário para espécies ameaçadas, como a onça-pintada, o lobo-guará e o gato-maracajá.

A vegetação muda radicalmente conforme se avança pelo território. De árvores frondosas a plantas resistentes à seca, o Peruaçu é um laboratório vivo de adaptação – onde cada canto abriga uma surpresa diferente.

O cânion que guarda segredos geológicos

O Vale do Peruaçu é o grande protagonista dessa paisagem. Seus paredões verticais, esculpidos pelo rio Peruaçu, atingem até 100 metros de altura e escondem dezenas de cavernas em suas fendas.

Cada camada de rocha conta uma história diferente. São milhões de anos de transformação, revelados em formações calcárias que ainda hoje são moldadas, gota a gota, pelas águas que escorrem das chapadas

Por que este lugar é único

O Parque Nacional Cavernas do Peruaçu não é apenas mais uma área protegida. É um arquivo geológico, um museu arqueológico e um santuário ecológico – tudo em um só lugar.

Sua combinação rara de belezas naturais, história ancestral e biodiversidade faz dele um destino que todo brasileiro deveria conhecer. Um lugar que prova, a cada passo, porque merece ser considerado um dos tesouros mais valiosos do planeta.

Fonte: Correio

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