O jogo

Com emoção, o Santa Cruz está classificado às oitavas de final da Série D. A Cobra Coral derrotou o Sergipe por 5 a 4 nas alternadas dos pênaltis – depois de vencer por 2 a 1 no tempo normal, devolvendo a desvantagem sofrida em Aracaju. Com direito a um roteiro de reviravolta do goleiro Rokenedy, que falhou decisivamente nos 90 minutos das partidas de ida, no Batistão, e volta, neste sábado, na Arena Pernambuco. No tempo regulamentar, Matheus Henrique, contra, e Thiago Galhardo, fizeram; Felipe Pará diminuiu. Mas, do lado coral, havia Rokenedy inspirado nos pênaltis. O arqueiro pegou duas cobranças para levar o clube às oitavas. Do lado pernambucano, converteram Thiago Galhardo, Renato, Balotelli, Thiaguinho e Pedro Favela; Ariel, Eurico perderam. Do lado Alvirrubro, balançaram as redes Sacramento, Pedro Santos, Luan e Jefferson; desperdiçaram Felipe Pará, Ericeon e Moisés, o último.

Como fica

O Tricolor vai enfrentar o Altos na segunda fase – também em formato de ida e volta. O primeiro jogo será na Arena de Pernambuco, enquanto a volta será no Piauí. O Jacaré venceu o Independência-AC lá e lô, consumando o agregado de 8 a 2, para avançar de fase. A data e o horário dos jogos ainda sairão na CBF.

Contra o Sergipe, 35.882 torcedores estiveram presentes na Arena Pernambuco, registrando um novo recorde de público da torcida do Santa Cruz atuando no estádio de São Lourenço da Mata. Até então, o recorde coral pertencia à derrota para o América-RN por 1 a 0, pela Série B de 2014, com 34.746 pessoas.

Primeiro tempo

O Santa Cruz começou avassalador. Aos 2 minutos, já abriu o placar, construindo a vantagem mínima que lhe garantiria decidir a classificação às oitavas nos pênaltis. William Júnior cobrou falta em direção à área, a defesa do Sergipe tentou tirar por duas vezes e Mateus Henrique, no fim, acabou testando contra a própria meta. Nervoso, o Gipão sequer conseguia chegar ao campo defesa coral, acuado pela pressão da torcida na Arena de Pernambuco. Até que, aos 14, numa rara escapada de felicidade, levou muito perigo a Rokenedy. Mauro cobrou fechadinho escanteio e Iago apareceu no primeiro pau e cabeceou. Mas no segundo pau e, em cima da linha, estava Toty para tirar o que seria o empate alvirrubro. Dali em diante, a Cobra Coral voltou “aos eixos”. João Pedro surpreendeu em cruzamento que terminou batendo na trave e Thiago Galhardo finalizou no canto esquerdo do arqueiro do Sergipe, obrigando a defender. No entanto, a grande e mais concreta oportunidade tricolor de garantir a classificação já na etapa inicial esteve nos pés de Geovany Soares. O atacante do Santa pressionou a saída de Alan Alves, que terminou rifando a bola para os pés de João Pedro, que devolveu para Geovany. E o atacante, de frente para o arqueiro alvirrubro, consagrou o goleirão, que se jogou para evitar o segundo gol pernambucano.

Segundo tempo

O Santa Cruz caiu de rendimento, mas ainda assim chegou com perigo por mais vezes ao gol do Sergipe. Thiago Galhardo, aos 10, ampliou a vantagem. E em grande jogada individual. Ele dominou dentro da área, trombando com dois defensores do Gipão e ficou com a bola. Daí, ajustou o corpo e chapou no ângulo para marcar o segundo gol coral. Mas a euforia durou pouco, porque Felipe Cará diminuiu para o Alvirrubro. O meia-atacante, bem colocado no segundo pau, aproveitou a sobra no rebote da defesa e se atirou para finalizar. E Rokenedy levou entre as pernas. “De volta” à partida, o time sergipano se encorajou no confronto e construiu bom lance em contra-ataque. Reny Max recebeu na área depois de contra-ataque, puxou para a direita a bateu para o gol, passando perto da trave esquerda de Rokenedy.

Penalidades

Deu Rokenedy. Se no tempo normal falhou no gol do Sergipe, o prata da casa tricolor foi decisivo – dessa vez positivamente – no resultado. O arqueiro caiu nos cantos certos nas cobranças de Felipe Pará e Moisés, a última, para selar o resultado de 5 a 4 nas alternadas. Mas Alan Alves, do Sergipe, também fez bonito, caindo no canto da maioria das cobranças. Embora sem ser suficiente. O goleiro alvirrubro defendeu as finalizações de Ariel e Eurico.

Por Ge