
O Independiente emitiu uma nota oficial contra a Conmebol após ser eliminado da Copa Sul-Americana devido a uma briga generalizada entre torcedores no jogo contra a Universidad de Chile, no dia 20 de agosto, pelas oitavas de final, em Avellaneda.
O clube argentino classificou a decisão como “injusta” e acusou a entidade, presidida por Alejandro Domínguez, de favorecer estruturas privadas em detrimento da “verdade esportiva”. A confusão no estádio Libertadores da América, que terminou com 19 feridos e 90 detidos, levou à classificação direta da La U para as quartas de final.
O Independiente, maior campeão da Libertadores com sete títulos, alega que a violência partiu dos torcedores chilenos e que a punição da Conmebol premia a La U, que estava em desvantagem no placar de 1 a 1. O clube baniu 25 torcedores envolvidos por toda a vida e exigiu a retirada de referências ao Independiente no Museu da Conmebol, além da devolução de itens cedidos, enquanto Domínguez estiver na presidência. A nota critica a decisão como “política” e contrária aos valores do futebol sul-americano.
Ambos os clubes foram punidos: o Independiente pagará multa de US$ 250 mil (R$ 1,36 milhão), e a La U, US$ 270 mil (R$ 1,47 milhão). Além disso, enfrentarão sete jogos com portões fechados em casa e sem torcida como visitantes em competições da Conmebol, além de exibir mensagens contra racismo, discriminação e violência. A La U enfrentará o Alianza Lima nas quartas, e ambos os clubes podem recorrer da decisão em até sete dias.
Confira a nota na íntegra:
“A decisão da Conmebol assenta um precedente nefasto: um time que estava em vantagem no confronto, mas que enfrentava a possibilidade concreta de ser superado no gramado, recorre à violência mais brutal contra torcedores rivais, consegue o cancelamento do jogo e recebe como “prêmio” a classificação a partir de um escritório. Em outras palavras, a violência se transforma em um atalho para evitar competir esportivamente até o final.”
Fonte: Galáticos Online