
O presidente da CPMI do INSS, Carlos Viana (Podemos-MG) decretou a prisão em flagrante do presidente da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais, a Conafer, Carlos Roberto Ferreira Lopes, na madrugada desta terça-feira (30/9).
Após nove horas de sessão, Viana acatou o pedido de parlamentares que apontaram inconsistências no depoimento de Carlos Roberto. Ao menos três pedidos de prisão foram apresentados ao longo da sessão. No começo da manhã, Carlos Roberto deixou a detenção no Senado Federal.
“Sei que nossa voz de prisão se repetirá, a pessoa será ouvida e liberada, mas há um grito na garganta de todos os brasileiros em relação a essa impunidade…. O senhor está preso em nome dos aposentados, viúvas e órfãos do Brasil e aqui quem mente paga o preço” declarou Viana ao decretar a prisão durante a sessão da CPMI.
Após declarar o pedido de prisão, Carlos Roberto Ferreira Lopes foi levado à polícia legislativa do Senado. No local, o presidente da CPMI, Carlos Viana explicou que a prisão ocorreu porque o depoente mentiu durante a reunião. “Escondeu informações, foi perguntado sobre depósitos bancários, foi colocando diante de um organograma que mostrava como os desvios ocorriam. E tentou nos convencer que se tratava de uma operação legal e correta. Mas nós sabemos que se trata de lavagem de dinheiro dos nossos aposentados”, pontuou o senador Carlos Viana.
Segunda detenção na CPMI do INSS
A prisão de Carlos Roberto Ferreira Lopes foi a segunda determinada pela CPMI do INSS. Na terça-feira passada (23/9), Rubens Oliveira Costa, apontado por parlamentares como “testa de ferro” do Careca do INSS, recusou-se a responder diversos questionamentos e deixa a comissão acompanhado pela polícia legislativa acusado de mentir durante o depoimento. Durante a madrugada ele deixou a prisão. Conforme apuração do Correio, o empresário foi liberado sem pagar fiança pois tinha um Habeas Corpus preventivo.
A prisão de Rubens, no entanto, foi questionada na Justiça e o presidente da comissão pontuou que a advocacia geral do Senado irá contestar. (Fonte: Correio Braziliense).