O alerta foi feito após o cumprimento de mandado de prisão preventiva e de busca e apreensão contra W. da S. N., de 43 anos, apontado como suposto investidor da bolsa de valores acusado de lesar centenas de pessoas na região sisaleira. A prisão ocorreu no município de Olhos D’Água das Flores, em Alagoas, em uma operação conduzida por policiais da Delegacia Territorial de Conceição do Coité e da 15ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Serrinha).
Segundo informações apuradas e divulgadas no Portal Raízes, o investigado, que já havia negado ter “roubado alguém” e prometido cumprir um cronograma de pagamentos, teria afirmado no momento da prisão que perdeu todo o valor movimentado, estimado em mais de R$ 65 milhões.
Como funcionava o esquema
De acordo com a Polícia Civil, as vítimas investiram valores que variaram entre R$ 10 mil e R$ 440 mil. No início, os rendimentos eram pagos conforme prometido, o que aumentava a confiança e atraía novos investidores. A partir de março de 2025, no entanto, o suspeito passou a justificar os atrasos alegando problemas com a Receita Federal, instabilidade em corretoras e questões pessoais.
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As investigações apontam que o modelo adotado pode se tratar de uma pirâmide financeira, em que o dinheiro de novos aplicadores era usado para pagar os mais antigos. Entre as provas recolhidas estão contratos, comprovantes de transferência, mensagens de WhatsApp e documentos falsos supostamente emitidos pela Receita Federal.
Apreensões e andamento do caso
Durante a ação policial, foram apreendidos três notebooks, um celular, um HD externo, um pendrive, um relógio Apple Watch, um veículo, além de documentos e anotações. Após a prisão, W. da S. N. foi levado ao Hospital Municipal de Santana do Ipanema, em Alagoas, para exames, e posteriormente apresentado na sede da Polícia Civil local. Ele permanece à disposição da Justiça da Comarca de Conceição do Coité.
Em agosto, o Portal Raízes já havia revelado que entre os prejudicados estariam policiais, delegados e empresários conhecidos na região. A confiança no investigado se sustentava no fato de ele atuar nesse modelo de investimentos há mais de 12 anos, sem atrasar pagamentos até então.
