Membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) e de uma facção baiana aliada à organização criminosa paulista são alvos da Operação Alta Potência 2, deflagrada nesta terça-feira (18) pela SSP-BA (Secretaria da Segurança Pública da Bahia) e forças federais. O principal alvo é Marcos Antonio Santos Chaves, conhecido como “Playboy”, líder da facção baiana, já detido em unidade de segurança máxima. No total, 15 integrantes da facção foram presos, sendo 14 na Bahia e 1 em São Paulo.

Segundo a SSP-BA, o suspeito preso em Guarulhos (SP) – Vitor Barros Pinto – era responsável pelo gerenciamento financeiro da facção. Durante a operação, em Gandu (BA), um suspeito foi flagrado com arma e drogas. Houve confronto, e o homem ficou ferido, sendo socorrido para uma unidade de saúde local. Foram apreendidos revólver, munições, maconha e celulares.
A ação envolve cerca de 250 policiais das Polícias Civil, Militar e Federal, da FICCO (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado) da Bahia e da SEAP (Secretaria de Administração Prisional). O grupo é investigado por tráfico de drogas e armas, homicídios e lavagem de dinheiro. Segundo as autoridades, a facção baiana mantém conexão direta com o PCC e possui células responsáveis pela distribuição de drogas em diferentes regiões do estado.

De acordo com a SSP-BA, mandados estão sendo cumpridos em Salvador, Jequié, Ipiaú, Serrinha, Ilhéus, Porto Seguro e outras cidades baianas, além de Guarulhos e Franca (SP), Sacramento (MG) e Barra Velha (SC). A operação bloqueou 90 contas bancárias utilizadas por criminosos baianos. Cerca de R$ 2 milhões em imóveis também foram sequestrados. Ainda segundo a SSP-BA, as duas facções movimentaram cerca de R$ 52 milhões em pouco mais de três anos. O grupo lavava dinheiro através da compra de imóveis e distribuição dos recursos em diversas contas.
O diretor da Diretoria Regional de Polícia do Interior Sudoeste, delegado Roberto Júnior, explicou que a investigação teve início após homicídios registrados em Jequié e Ipiaú, no interior da Bahia, em janeiro. “Com o apoio da PIC [Procedimento Investigatório Criminal], conseguimos auxiliar e expandir as investigações, resultando na captura de uma liderança criminosa. A partir desses dados e de novas informações coletadas, identificamos dois eixos operacionais da facção: o financeiro, responsável pela movimentação de recursos ligados ao tráfico, e o operacional, formado por indivíduos que realizam a venda direta de drogas nas ruas e a distribuição a varejo”, disse.
O delegado destacou que a fase atual da operação busca desarticular completamente a facção, localizando e prendendo integrantes envolvidos na venda de drogas e na movimentação financeira. A operação segue em andamento. (Fonte: Portal do Cleriston Silva).



