Os funcionários dos Correios rejeitaram a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) apresentada pela empresa durante mediação feita pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Com a rejeição, as negociações seguem para um dissídio coletivo, isto é, uma ação judicial para resolver o conflito entre empregador e funcionários que não conseguem chegar a um consenso.
“Com isso, a empresa encerra a etapa negocial direta, cumprindo integralmente os trâmites previstos, e passa a atuar no âmbito legal, com responsabilidade institucional para assegurar a continuidade do processo”, diz o comunicado dos Correios.
Nesse sentido, cabe ao TST definir quais são as cláusulas que serão incluídas no acordo coletivo após a indefinição que marcou a reunião entre os funcionários e a empresa na última terça-feira, 23.
Isso porque apenas 16 sindicatos aprovaram a proposta, enquanto os outros 18 rejeitaram e aprovaram a deflagração da greve nacional.
Entenda a proposta dos Correios
A proposta apresentada pelos Correios para os funcionários trata sobre:
- Recomposição salarial de 5,13%, contando de janeiro, com pagamento em abril;
- Pagamento: valor deve considerar retroativo de janeiro a março de 2026;
- Salários: montante deve ser corrigido com 100% do INPC (Índice de preços ao consumidor);
Crise financeira
No primeiro semestre, a estatal registrou um prejuízo de R$ 4,3 bilhões, três vezes maior do que o resultado do mesmo período de 2024, quando o balanço havia ficado em R$ 1,3 bilhão no vermelho.
Diante da sua situação financeira, os Correios apresentaram um plano de reestruturação para garantir a estabilidade da empresa nos próximos 12 meses.
Para tentar estancar as perdas, a empresa anunciou um plano de reestruturação que inclui:
- PDV: Lançamento de um Programa de Demissão Voluntária;
- Imóveis: Venda de propriedades da estatal;
- Saúde: Remodelagem dos planos de saúde dos funcionários que permanecerem.
Fonte: A Tarde



