A história mundial está repleta de histórias de impérios que chegaram ao auge do poder e desenvolvimento e, a partir dai foram declinando; cito como exemplos o império romano e mais recentemente, o império inglês, que cedeu o seu lugar aos EUA.
Império é a confluência de poder econômico, com poder bélico. O primeiro, o país que aspira a hegemonia mundial consegue, criando tecnologias e produtos que tenham grande aceitação no mercado externo. Já o segundo é organizado, como uma maneira da nação se fazer respeitar e como uma forma de evitar o calote dos seus credores.
Os Estados Unidos da América, como nenhum outro império conseguiu reunir tanta riqueza e poder bélico. Em determinado momento da história mundial, a nação americana detinha 75% do mercado mundial de compra e venda de produtos manufaturados e matérias primas, e o maior potencial bélico.
Hoje no mercado mundial, os EUA disputam esse mercado antes cativo, com países que em matéria de sofisticação tecnológica e de produtos os mais diversos, não deixam nada a desejar. Numa palavra, isso quer dizer, que os americanos não estão mais sozinhos no universo.
Diante de uma nova conjuntura econômica, o EUA para manter o status de nação mais rica, poderosa e simultaneamente manter o mesmo padrão de vida do seu povo, teve que apelar para o seu constante endividamento. A sua dívida pública de US$ 13,5 trilhões (dados de 2009), continua a crescendo a uma taxa de cerca de 3,93 bilhões dólares por dia. Com um constante endividamento e rolar de dividas, convenhamos, o resultado não poderia ser outro: a economia dos EUA chegou ao fundo poço.
Para piorar ainda mais a sua situação, os EUA ainda está tendo que conviver com a crise financeira aguda dos países da zona do Euro, os maiores parceiros econômicos da terra de tio Sam.
A situação dos EUA pode ser muito bem comparada ao do sujeito falido, que para manter a pose e o status social, contrai empréstimos, que lhe permita freqüentar lugares finos e requintados, como quem continua podendo. Mas eis que chega o dia, em que todas as portas se fecham e não dá mais para continuar enganando.
O Brasil que ser um império da América do Sul vive perdoando dívidas, ajudando os famintos do chifre da África e fabricando navios atômicos, enquanto que no Brasil, o número de miseráveis que necessitam de ajuda continua crescendo. O programa Bolsa Família que não me deixe mentir.
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