Inicialmente, foi divulgado que 33 pessoas morreram. Mas a informação foi corrigida, neste domingo (4), após a liberação dos corpos pelos legistas do Instituto Médico Legal (IML), de Vitória da Conquista e Jequié.
Oito dos 35 mortos são da família Bezerra da Silva. Eram irmãos e primos que ganhavam a vida em canaviais de Mato Grosso do Sul, de acordo com fontes contactadas no município pernambucano de Buíque, onde as vítimas moravam. Além da família Bezerra da Silva, o sobrenome Silva aparece em 22 nomes da lista de mortos.
Outras 12 pessoas continuam internadas, sendo que quatro serão encaminhadas de UTI Aérea para Recife e oito continuam internadas em Jequié um está com suspeita de morte cerebral.
Segundo a assistente social do Hospital Geral Prado Valadares, Fernanda Bueno, a confirmação da morte cerebral do trabalhador rural, José Claudio Cavalcante da Silva, de 21 anos, só poderá ser feita após um procedimento burocrático que ocorrem nessas situações. Mas a irmã dele, Cícera dos Santos Bezerra, 31 anos, já deu como certo a perda de mais um familiar na tragédia.
“Moço não é fácil, perdi dois irmãos nesse acidente, é uma dor que não tem cura, a nossa cidade está abalada, cada casa perdeu de duas a três pessoas”. Cícera mora em Buique, no estado de Pernambuco 300 Km de Recife, onde os mortos residiam.
Os corpos das vítimas foram levados neste domingo de Vitória da Conquista para Pernambuco em aviões cedidos pela Força Aérea Brasileira (FAB) e pelo governo de Pernambuco para sepultamento coletivo. Parentes das vítimas estiveram no Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Vitória da Conquista para reconhecer os familiares.
As duas aeronaves, sendo um cargueiro Kasa da FAB, decolaram do aeroporto “Pedro Otacílio de Figueiredo” no início da tarde desse domingo, 4. A maioria dos parentes seguiu viagem por terra, em veículos particulares, mas alguns viajaram ao lado dos caixões, como Edmilson, irmão de Ivo Hélio Alves, 49, motorista auxiliar do ônibus.
Casada há três anos com Ivo, Denise Silva Alves dos Anjos, 23 anos, disse que ainda não encontrou forças pra contar à filha de dois anos e meio que o pai dela não vai estar mais com eles pelo resto da vida. “É uma dor enorme, é muito duro ter que encarar isso agora, mas Deus vai dar forças a todos nós, já que estamos unidos em busca de amparo espiritual”.
Conforme listagem fornecida pela empresa funerária, obtida no IML, os mortos são:
<!–[if !supportLists]–>1. <!–[endif]–>José Adriano da Silva,
<!–[if !supportLists]–>2. <!–[endif]–>José da Paz Matos Lima,
<!–[if !supportLists]–>3. <!–[endif]–>José Edinaldo de Pereira,
<!–[if !supportLists]–>4. <!–[endif]–>José Erivaldo Pereira da Silva,
<!–[if !supportLists]–>5. <!–[endif]–>José Ivan Bezerra de Andrade,
<!–[if !supportLists]–>6. <!–[endif]–>José Kehrle de Andrade Monteiro,
<!–[if !supportLists]–>7. <!–[endif]–>José Valdenísio Avelino Correia,
<!–[if !supportLists]–>8. <!–[endif]–>Luís João da Silva,
<!–[if !supportLists]–>9. <!–[endif]–>Marcelino Alves de Lima,
<!–[if !supportLists]–>10. <!–[endif]–>Messias Bezerra da Silva,
<!–[if !supportLists]–>11. <!–[endif]–>Paulo César Pereira,
<!–[if !supportLists]–>12. <!–[endif]–>Paulo de Matos Lima,
<!–[if !supportLists]–>13. <!–[endif]–>Paulo Serafim Monteiro,
<!–[if !supportLists]–>14. <!–[endif]–>Sebastião Abílio da Silva,
<!–[if !supportLists]–>15. <!–[endif]–>Sérgio Barreto da Silva,
<!–[if !supportLists]–>16. <!–[endif]–>Severino Bezerra Cavalcanti,
<!–[if !supportLists]–>17. <!–[endif]–>Simão Bezerra da Silva,
<!–[if !supportLists]–>18. <!–[endif]–>Valdemir Bezerra da Silva,
<!–[if !supportLists]–>19. <!–[endif]–>Valdison Monteiro Santana,
<!–[if !supportLists]–>20. <!–[endif]–>Valmir Bezerra da Silva,
<!–[if !supportLists]–>21. <!–[endif]–>Valmir Luís da Silva,
<!–[if !supportLists]–>22. <!–[endif]–>Wellington Bezerra da Silva,
<!–[if !supportLists]–>23. <!–[endif]–>Ednaldo Bezerra da Silva,
<!–[if !supportLists]–>24. <!–[endif]–>Francisco da Silva,
<!–[if !supportLists]–>25. <!–[endif]–>Ivo Hélio Alves,
<!–[if !supportLists]–>26. <!–[endif]–>Jorge de Anchieta da Silva,
<!–[if !supportLists]–>27. <!–[endif]–>Juvenal da Silva Gomes,
<!–[if !supportLists]–>28. <!–[endif]–>Agenário Melo Silva,
<!–[if !supportLists]–>29. <!–[endif]–>Arlindo Antônio da Silva,
<!–[if !supportLists]–>30. <!–[endif]–>Davi Bezerra da Silva,
<!–[if !supportLists]–>31. <!–[endif]–>Edilson Frasão Monteiro,
<!–[if !supportLists]–>32. <!–[endif]–>Edilson Venâncio da Silva,
<!–[if !supportLists]–>33. <!–[endif]–>Ivanildo Moreira da Silva,
<!–[if !supportLists]–>34. <!–[endif]–>Jandy Carlos Barbosa de Melo,
<!–[if !supportLists]–>35. <!–[endif]–>José Admilson Bezerra da Silva
Acidente
Esse é o pior acidente registrado nas estradas que cortam a Bahia desde 1991, quando 34 pessoas morreram e 12 ficaram feridas na BA-265, no trecho entre Barra do Choça e Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o motorista de uma carreta carregada de gesso, placa MGC-0080, perdeu o controle da direção e bateu no ônibus, placa AFW-0946, que transportava trabalhadores pernambucanos que retornavam à terra-natal depois do corte de cana de açúcar no Mato Grosso do Sul.
O ônibus, desgovernado, atingiu um caminhão-baú, placa IOM-5967, que seguia ao lado, na mesma direção. As primeiras investigações apontam para negligência do motorista da carreta. Informações do A Trade (Foto: Zenildo Meira, Agencia A Tarde).