Temperaturas globais ultrapassaram a média do século 20, com calor extremo em várias regiões e sinais de que 2024 pode ser o ano mais quente da história.
O mês de outubro de 2024 se destacou por ser o segundo mais quente já registrado no planeta, com a temperatura global da superfície 1,32°C acima da média do século 20, de 14,0°C. Apenas 0,05°C abaixo de outubro de 2023, que detém o recorde. Segundo o NCEI (Centro Nacional de Informações Ambientais dos EUA), há uma probabilidade superior a 99% de que 2024 se torne o ano mais quente já registrado.
Figura 1- Mapa global mostrando variação de temperatura da terra e do oceano da média para outubro de 2024 com áreas mais quentes coloridas em gradientes de áreas vermelhas e mais frias em gradientes de azul. Fonte: NOOA
América do Norte e América do Sul batem recordes
Na América do Norte, as temperaturas de outubro foram as mais altas já registradas, enquanto a América do Sul e a Oceania tiveram o segundo outubro mais quente da história. A onda de calor não foi exclusiva dessas regiões: cerca de 12% da superfície terrestre do planeta registrou temperaturas recordes para o mês.
Desigualdade nas temperaturas pelo planeta
Apesar do aquecimento generalizado, algumas regiões se destacaram por estarem abaixo da média, como a Groenlândia, partes da África Central e o leste da Antártica. No oceano, áreas do Pacífico leste tropical e sudeste, além do Golfo do Alasca e Mar de Bering, tiveram temperaturas mais amenas.
Impactos no clima global
Esses eventos não são isolados. Desde o início do ano até outubro, as temperaturas globais se mantiveram 2,30°F (1,28°C) acima da média do século passado, consolidando 2024 como o ano mais quente até agora. Esse padrão de aquecimento acentuado reforça a urgência de ações para mitigar as mudanças climáticas, já que os extremos de temperatura aumentam os riscos de eventos climáticos extremos, como tempestades, secas e ondas de calor.
Fonte: Climatempo