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Com ex-Jacuipense Newton, Botafogo vence o PSG e lidera ‘grupo da morte’ no Mundial

Com atuação coletiva impecável, o Alvinegro superou o atual melhor time da Europa e se isolou na liderança do Grupo B. Newton, ex-Jacuipense, entrou no segundo tempo. E Igor Jesus marcou o gol do Botafogo/ Crédito: YURI CORTEZ / AFP

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No estádio que foi palco do tetracampeonato do Brasil na Copa do Mundo, o Botafogo fez história e venceu o PSG por 1 a 0, com gol marcado por Igor Jesus, no primeiro tempo. O resultado, além de encerrar o jejum de times sul-americanos contra europeus em duelos por mundiais, que perdurava desde 2012, também deixou o Alvinegro em ótima situação no “grupo da morte” do Mundial de Clubes.

Com seis pontos somados, o Fogão é o líder isolado e o único com 100% de aproveitamento na Chave B, que também conta com o Atlético de Madrid e o Seattle Sounders – o time espanhol venceu o norte-americano por 3 a 1 na rodada. Na próxima segunda-feira, 23, a equipe carioca encara os Colchoneros para confirmar a classificação às oitavas de final.

PSG 0 x 1 Botafogo: o jogo

Os primeiros 45 minutos ficarão na memória dos milhões de torcedores do Botafogo – e daqueles  e, genuinamente e sem clubismo, gostam de futebol. Diante do campeão da Champions League e melhor time do mundo, o Alvinegro não se intimidou. Pelo contrário: mostrou aos europeus que as coisas se resolvem dentro do campo, e não fora dele. E lá, nas quatro linhas, o time brasileiro foi soberano.

Uma atuação impecável, digna do que o nível da partida requisitava. O Botafogo, na etapa inicial, jogou em seu máximo, sobretudo nos momentos sem a bola, contexto com o qual precisou lidar na maior parte do tempo. A dedicação tática, a vibração a cada corte ou desarme, aos poucos, foi desestabilizando os franceses, que até começaram bem a partida, com seu tradicional estilo de jogo propositivo, rápido e envolvente.

Diferente dos últimos dois adversários que goleou – a Inter de Milão, na final da Champions, e o Atlético de Madrid, na primeira rodada do Mundial –, o PSG não conseguiu, perante o Botafogo, criar espaços no campo ofensivo. O Alvinegro, com extrema eficiência, neutralizou as duas principais forças do clube francês no ataque, Doué e Kvaratskhelia – este, mais incisivo e perigoso. (Newton entrou no segundo tempo. Foto: Divulgação).

E com a bola? Assim como sem ela, a Estrela Solitária teria que ser impecável. E foi. Nos raros momentos em que conseguiu encaixar um contra-ataque, o escrete preto e branco não desperdiçou. Aos 36 minutos, Igor Jesus recebeu passe em profundidade de Savarino, ganhou na velocidade dos zagueiros e, ao finalizar, contou com um desvio antes de a bola morrer no fundo das redes.

Um gol histórico do centroavante, que, mesmo vendido para o Nottingham Forest-ING e em seu torneio de despedida do Botafogo, continua marcando seu nome no clube. Na arquibancada, uma euforia completa: abraços, sorrisos e emoções daqueles que, há não muito tempo, sofriam com crises intermináveis e rebaixamentos. O Fogo nunca se apagou – e agora está mais forte do que nunca.

Na etapa final, a postura do Botafogo não mudou. A equipe brasileira manteve-se em alto nível competitivo e continuou muito bem defensivamente. O PSG, já sem a mesma organização do tempo anterior, passou a ceder muitos espaços para as transições do Alvinegro – os vários erros de tomada de decisão, sobretudo no passe final, atrapalharam na busca pelo segundo gol.

Diante do famigerado nó tático, Luis Enrique, técnico do PSG, acionou alguns dos titulares que haviam começado o jogo no banco de reservas, como Nunu Mendes, Fabián Ruiz e João Neves. Não adiantou. A muralha alvinegra não foi derrubada. O que antes só parecia possível em videogame, agora é realidade. Sim, o Botafogo venceu o PSG.

PSG 0x1 Botafogo: ficha técnica

PSG: Donnarumma, Hakimi, Beraldo, Pacho e Lucas Hernández (Fabián Ruiz); Emery (João Neves), Mayulu (Nunu Mendes) e Vitinha; Doué (Lee Kang-In), Kvaratskhelia e Gonçalo Ramos (Barcola). Téc: Luis Enrique.

Botafogo: John, Vitinho, Jair, Alexander Barboza e Alex Telles (Cuiabano); Allan (Newton), Gregore, Marlon Freitas e Savarino (Santiago Rodríguez); Artur (Montoro) e Igor Jesus. Téc: Renato Paiva

Por Mateus Moura / O Povo

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