DestaquePolícia

Bahia é estado com maior número de facções criminosas em atuação, aponta levantamento

Dados apontam que estado tem a presença de 17 organizações criminosas

Foto com Link

Foto com Link de Direcionamento

Descrição da imagem

Clique na imagem para ser redirecionado para o site.

A Bahia é o estado que mais concentra facções criminosas no país. É o que aponta um levantamento realizado pelo O Globo e divulgado neste domingo (10), com dados coletados junto às secretarias de Segurança Pública, Administração Penitenciária e Ministérios Públicos de todos os estados.

Ao todo, 17 facções estão em atuação na Bahia. Cinco a mais que Pernambuco, estado vizinho que tem o segundo maior número (12). Em seguida, vem o Mato Grosso do Sul com 10.

O número de organizações criminosas presentes na Bahia fica ainda mais chocante quando comparado aos estados onde nasceram as maiores facções do país: Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV). São dez a mais atuando na Bahia do que em São Paulo (7), onde foi originado o PCC, e 13 a mais que no Rio de Janeiro (4), onde surgiu o CV.

Essas duas, inclusive são as únicas consideradas com presença “efetivamente nacional”, tendo o PCC braços em 25 unidades da federação, e o CV em 26.

Na Bahia, o estudo identificou um cenário mais fragmentado. Além do PCC e CV, tem ainda a presença do Bonde do Maluco (BDM), originada no estado e já considerada uma facção interestadual por sua atuação também em Sergipe e Mato Grosso do Sul, e de outros 14 grupos listados como facções locais.

São eles:

  • Raio B
  • Raio A
  • Tropa do KLV
  • Bonde do Neguinho (BDN)
  • Bonde do SAJ
  • Honda
  • Primeiro Comando de Eunápolis (PCE)
  • A Tropa
  • Campinho (CP)
  • Katiara
  • Mercado do Povo Atitude (MPA)
  • Anjos da Morte (ADM)
  • Daniel Gomes/Pedro Gerônimo/Maria Pinheiro (DPM)
  • Keikinho e Kila (MK)

Para especialistas, a escalada da violência na Bahia é impulsionada pela disputa territorial entre as facções criminosas. É o que apontou o diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, em entrevista anterior ao CORREIO. “Essas regiões (nordestinas), pelo menos na última década, têm liderado as taxas muito em função da conquista de territórios por facções criminosas, facções de base prisional, grupos de extermínio, milícias e, inclusive, com o desenvolvimento que criou novos portos e rodovias. Esse é o contexto macroestrutural”, disse.

A intensificação do conflito causada pela guerra entre as facções também foi apontada pelo Cofundador da Iniciativa Negra e especialista em segurança pública, Dudu Ribeiro. “As políticas públicas ineficientes não favorecem o desmonte das organizações e o controle de armas, mas, pelo contrário, favorecem o conflito, fortalecem possibilidades de execuções extrajudiciais e incentivam a letalidade policial”, falou, também em entrevista anterior, ao ressaltar que a região Nordeste virou uma rota importante para o mercado internacional de drogas.

Fonte: Correio

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo