A conferência de abertura foi realizada pelo professor doutor em Comunicação Albino Rubim, atual presidente do Conselho Estadual de Cultura, que palestrou sobre Cultura, Crise e Políticas Culturais. Ele chamou a atenção em relação à carência de políticas públicas para o apoio e incentivo à cultura pelo Estado.
“É obrigação do Estado apoiar as áreas culturais. Estas não podem ficar submetidas à lógica do mercado que está em crise e à política de mercado da cultura. As empresas beneficiadas com as leis de incentivo à cultura fazem muito pouco pelos pequenos grupos culturais do estado. Sem apoio, essas áreas culturais morrem”, alertou Rubim.
O encontro reuniu 450 participantes, entre palestrantes, pesquisadores e representantes de diversos grupos culturais e 350 trabalhos sobre culturas foram apresentados nesses dois dias, em 63 mesas de discussões.
Diversidade de temas
Políticas culturais, cinema, dança, cordel, música, literatura, religiosidade, cultura e identidade afro-brasileira e indígena, carnaval, cultura do sisal, quilombos, representação da homossexualidade na telenovela, jornalismo, arte no currículo escolar, pagode, vaqueiro do sertão, censura, mito e rito e corpo no candomblé são alguns dos temas que estão sendo debatidos durante o encontro.
Segundo uma das organizadoras do evento, Rita Suzart, “com tantos temas e experiências vindas de pesquisas sobre a cultura, esse encontro com certeza será positivo quanto à iniciativa de uma melhor política de cultura na Uefs e no estado como um todo”.