A expectativa era geral para o show de Flávio José. Milhares de fãs já se acotovelavam desde cedo na nova área, localizada na parte ao fundo do Parque de Exposição. Eles queriam matar a saudade do artista e mostravam-se ansiosos pelo início da sua apresentação, o que só aconteceu por volta de uma e quarenta da madrugada.
A noite fria só fez os casais se aproximarem mais, dançando a valer ao som do forrozeiro, que cantou antigos e novos sucessos. A apresentação foi em grande estilo, desde a satisfação ao retornar a Expofeira, quanto à platéia numerosa, que o acompanhou em várias canções.
Quem conhece o cantor nordestino sabe que da sua sanfona de 120 baixos e da sua garganta potente apenas sai qualidade. São músicas que falam de amor, da caatinga, do bucolismo sertanejo, da vida, paixão, alegria e tristeza. Do passado e do presente, com forte presença no futuro. Ninguém ficou indiferente à apresentação de Flávio José.
“Ele (Flávio José) é o bicho”, “eta cantor cabra da peste”, “retado de bom”, “chega dar arrepio”. Essas foram algumas das frases mais comuns de fãs incondicionais – ao final do show – tentando expressar na forma mais simples a qualidade do conhecido forrozeiro. “Onde tem Flávio José, tem forró autêntico”, completou uma fã com cara de “quero mais”.
Flávio José encerrou a grade de shows da noite. Antes, apresentaram-se Pega Fogo no Forró, banda da cidade de Amélia Rodrigues, Hugo Luna, e Acarajé Com Camarão, banda top de linha já conhecida na Bahia. O grupo é de Cruz das Almas.
Para Naron Vasconcelos, diretor de Eventos da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, o show superou as expectativas. “Flávio José ajudou a trazer a multidão para o parque, e o bom é que todo mundo saiu satisfeito com um gostinho de quero mais”, resumiu ele.