História

Matéria principal dos 40 anos da Tribuna é de um jornalista do interior

Tribuna da Bahia, 21 de outubro de 1969. Nascia nesta data um jornal que se transformaria num dos mais tradicionais e combativos da história da Bahia. Logo na sua primeira edição, por conta de uma reforma casuística na Constituição, que tinha como objetivo frear a luta ideológica travada contra a ditadura, a manchete principal dizia: “Milhares de políticos são agora inelegíveis”. Quarenta anos depois, uma nova manchete bate à porta, mas agora contextualizada numa luta ética travada contra o verme da corrupção, palavra que abre caminho para a manchete que ora se insere.

Na terra de Ruy Barbosa, a aludida manchete bem que poderia ser menos presente nos espaços da mídia e nos corredores dos círculos políticos. Mas, quando a matéria é sobre política e gerenciamento do dinheiro público, o resultado é desalentador. Sustentados sobre os altos custos das suas mordomias, senadores, deputados, prefeitos e vereadores arrancam verbas públicas das tetas dos poderes federal, estadual e municipal sem qualquer cerimônia, e seguem a vida sob a proteção de uma estranha impunidade.

Com base em dados levantados por órgãos especializados, é  nas câmaras municipais, nas prefeituras, nas assembléias legislativas, no Congresso Nacional e nos ministérios por onde passam os principais caminhos da corrupção, que acabam desaguando no mar tenebroso e quase impenetrável de todo o território nacional, excluindo empregos, abreviando vidas, fabricando analfabetos e abortando sonhos.

Quando se fala em desvio de verbas públicas no Brasil, são várias as indagações que a própria sociedade se faz. Primeiro, porque nunca se pega; segundo, porque nunca se pune; e, terceiro, porque nunca se cobra. No caminho para este mar de lama, são vários os exemplos dos políticos que comprovadamente desviaram o dinheiro público e não sofreram qualquer punição. Pior ainda, multiplicam-se os casos dos que, além de desviarem recursos e ficarem impunes, voltam ao poder pelas mãos da própria vítima. Há que se perguntar, nesses casos, em qual estágio estaria a democracia brasileira.

Com a função de auxiliar tecnicamente na prestação de contas das prefeituras municipais, o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) armazena em seus arquivos uma farta documentação de processos sobre o julgamento de contas de gestores públicos espalhados por todo o estado da Bahia. Como em outras áreas, alguns são mais famosos, mas tudo por conta das falcatruas que cometeram ao longo das suas administrações.

Leia a matéria completa na Tribuna da Bahia.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo