Política & Economia

Souto vai a três municipios. Lira 8, em Riachão, ficou lotada.

O evento, que aconteceu no Clube Lira 8 de Setembro, reuniu cerca de mil pessoas. Da região, compareceram também delegações de Nova Fátima, com o líder Amado Cunha e os vereadores Assis e Reinalda, o ex-prefeito de Pé de Serra, Zé de Durval e os vereadores Galego e Esmeraldo Rios, o prefeito de Teofilândia, Tércio, o ex-prefeito de Barrocas, Edilson.

Em seu discurso, Souto não poupou críticas ao governo do estado e deu algumas estocadas no prefeito do município, Lauro Falcão, que lhe traiu no final do seu mandato. “Com tanta coisa boa que tem o Rio de Janeiro, o governador carioca resolve trazer para a Bahia justamente o que há de pior por lá: a violência e o crime organizado”., disse. Esta declaração marcou o encerramento do I Congresso do Democratas de Riachão do Jacuípe, na noite de sábado.

Segundo Paulo Souto, os números da violência na Bahia são assustadores e só tendem a crescer devido à falta de ação e de planejamento do atual governo. “Entre 2006 e 2008 o número de homicídios no estado cresceu mais de 70%. Chegaremos ao final deste ano com mais de 12 mil baianos assassinados em três anos de governo do PT. Isso é quase o dobro do número de soldados mortos nas guerras do Afeganistão e do Iraque, que duram oito e seis anos, respectivamente”, comentou.

O democrata pontuou ainda outras falhas na atual administração estadual. “Na saúde, a Bahia se tornou a campeã nacional da dengue, doença que diminuiu em todo Brasil, mas aqui quase triplicou este ano. Também vivemos com o aumento da meningite e da leptospirose. Na educação, faltam professores e investimentos. Ninguém é capaz de apontar uma única escola que tenha sido iniciada e inaugurada pelo atual governo nesses três anos”, declarou.

Souto esteve acompanhado em Riachão pelo deputado federal José Carlos Aleluia, os estaduais Heraldo Rocha e Paulo Azi, o ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo de Carvalho, e o vice-prefeito deste município Paulo Aquino.

Os deputados Paulo Azi e Heraldo Rocha também discursaram, assim como Aleluia e o ex-prefeito José Ronaldo. Quase todos focaram os seus discursos no líder político Valfredo Matos, muito querido na cidade e falecido em janeiro de 2005.

Cobranças

Várias lideranças do município participaram do evento, como Tânia Regina, o vereador Carlinhos Matos, Raimundo Falconery, Catarino Rios, o suplente de vereador Xavier Menezes, o ex-vereador Nem de Aureliano, entre outras. O discurso do vereador Carlinhos Matos foi marcado por um balanço no processo político do município, cobrando, inclusive, mais empenho das lideranças estaduais nas questões locais.

Carlinhos cobrou, entre outras coisas, compromisso futuro em relação ao apoio dado a Paulo Souto, que acabou sendo uma cobrança sobre a sua aliança com o atual prefeito Laurinho no final do seu mandato, o que custou sacrifícios ao grupo em Riachão do Jacuipe que era liderado pelo ex-prefeito Valfredo Matos.

O evento serviu também para marcar a posse do empresário Raimundo Falconery no comando do Democratas e a adesão do ex-vereador Nem de Aureliano à proposta de oposição do município. Nem perdeu a eleição após “má vontade” do prefeito Falcão, a quem apoiou contra a sua vontade na última eleição municipal, já que estava preso ao PSDB.

O desentendimento de Nem de Aurelino com o prefeito começou quando o ex-vereador resistiu para votar pela não cassação do prefeito, que cometera gravíssimas irregularidades a frente da prefeitura. Por causa de pedidos insistentes do deputado Emério Resedá, ele acabou votando pela não cassação do prefeito, mas não foi o suficiente para depois não ser perseguido. No sábado, Nem marcou presença, demonstrando mais uma vez que vai marchar com a oposição no futuro.

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