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Economia

Governador inaugura maior mina de níquel da América Latina em Itagibá

O empreendimento está localizado no município de Itagibá, a 08 km de Ipiaú, em áreas cujos direitos minerários são da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM). O projeto de exploração é da empresa Mirabela Mineração do Brasil Ltda.

O evento vai contar com a presença de várias autoridades do setor mineral brasileiro, além de secretários estaduais, deputados, prefeitos e vereadores da região. No mês de outubro, a direção da CBPM visitou a sede da Mineração Mirabela para observar o andamento das obras do projeto de implantação para a exploração de minério que está sendo inaugurado.

A comitiva, formada pelo presidente Alexandre Brust, o diretor técnico Rafael Avena Neto e o geólogo Antônio Santana, conheceu as instalações da Mirabela ao lado do Gerente Paulo Roberto Oliva e visitou a área da extração de lavra, as instalações do moinho para o beneficiamento e o laboratório para o controle de qualidade do concentrado.

Parceria com a CBPM

A parceria entre a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral – CBPM e a Mirabela Mineração do Brasil ltda., foi iniciada em 2003 e consolidada com a inauguração, em 04.12.2009. O complexo mineiro vai proporcionar um significativo impacto no desenvolvimento socioeconômico e cultural dessa região e de todo o estado da Bahia.

No empreendimento mineiro foram investidos cerca de R$ 900 milhões, devendo-se destacar que todo esse capital de risco foi de origem externa (Canadá e Austrália). O impacto socioeconômico gerou cerca de 2 mil empregos, sendo 450 diretos e 1.550 indiretos, proporcionando uma geração de receita através da Compensação Financeira pela Exploração dos Recursos Minerais (CFEM), em 16 anos, de cerca de R$ 190 milhões, sendo 12% para União, 23% para o estado da Bahia e 65% para o município de Itagibá.

A entrada em operação do empreendimento da Mirabela coroa o trabalho de pesquisa e desenvolvimento mineral que a CBPM realizou na área desde 1988, definindo sua geologia, caracterizando as mineralizações de níquel e delineando a potencialidade econômica de seu aproveitamento.

A divulgação do acervo de dados técnicos da pesquisa realizada pela CBPM serviu de base para atrair as empresas privadas a participarem da concorrência pública, que selecionou a Mirabela Mineração para realizar investimentos de risco em trabalhos de pesquisa, necessários à comprovação das reservas e à definição da viabilidade técnica, econômica e ambiental do projeto.

O empreendimento da Mirabela compreende mina a céu aberto e usina de concentração (britagem, moagem, flotação, espessamento e filtragem), onde serão processados cerca de 6 milhões de toneladas/ano de minério bruto, resultando na produção anual de 207 mil toneladas de concentrado, com 13% de níquel, 4% de cobre e 0,20% de cobalto.

O complexo da Mirabela representará um acréscimo de 30% na produção nacional de níquel, alçando a Bahia à posição de segundo maior produtor do país, já em 2010, representando uma receita bruta anual de vendas da ordem de R$ 640 milhões.

Por ser detentora dos direitos minerários da mina, a CBPM receberá 2,51% de royalties da receita sobre o concentrado. Isso fará com que a empresa se torne autosuficiente em investimento a partir de 2011.

O Projeto Santa Rita

O Projeto Santa Rita, iniciado em 2007, está localizado no município de Itagibá, no sul da Bahia. Esta região sofreu severamente os impactos socioeconômicos com a queda da produção de cacau, agravada com a praga da vassoura de bruxa, que reduziu drasticamente as plantações de toda a região.

A Mirabela já recebeu a licença de operação do projeto e começou a produzir no mês de novembro. A metade da produção anual de concentrado será transportada pelas rodovias BR-330 e BR-101 até o porto de Ilhéus e daí será exportada para a Finlândia, sendo que a outra metade será retirada na mina pela Votorantin e transportada para Fortaleza de Minas, em Minas Gerais. 

O projeto vai transformar a região, com impacto nos municípios de Itagibá, Ipiaú, Ubatã, Gongogi, Jitaúna, Barra do Rocha e Ibirataia, possibilitando o surgimento de hotéis, restaurantes, bares e o incremento nas suas atividades sócio-culturais. “Há muita gente retornando de São Paulo, pois agora existe mais oportunidade de trabalho por aqui”, avalia Paulo Oliva. Na implantação, a empresa contratou 3 mil empregados. Agora, na fase de produção, deverão ser contratadas pelo menos 250 pessoas da região.

Com uma extensão de 2 quilômetros e uma profundidade aproximada de 500 metros, a mina tinha uma vida útil inicial prevista para 20 anos. Contudo, com as novas pesquisas, ela poderá chegar a 40 anos. Além da infraestrutura em Itagibá, a Mirabela mantém um escritório em Ipiaú, onde estão armazenados cerca de 200 mil metros de testemunho, com um investimento de U$ 30 milhões.

A empresa desenvolve o empreendimento minero-metalúrgico de níquel com tecnologia de ponta, respeito e responsabilidade para com as pessoas e o meio-ambiente. “A Mirabela, como toda empresa privada, visa lucros, porém vem cumprindo o seu papel na geração de emprego e renda, bem como assumindo totalmente a sua responsabilidade socioambiental com a comunidade”, garante o gerente do Departamento de Segurança, Saúde, Meio Ambiente e Sustentabilidade da empresa, Claudinei Mariano.

Por Evandro Matos

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