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Corpo do bibliófilo José Mindlin é enterrado em São Paulo

Mindlin estava internado há cerca de um mês no hospital Albert Einstein. Dono da cadeira número 29 na Academia Brasileira de Letras, o bibliófilo foi dono de uma das mais importantes bibliotecas privadas do país, que começou a formar aos 13 anos.

Questionado em 2004 se existia um livro preferido em meio a tantos que colecionava, Mindlin disse que uma das características da bibliofilia era a poligamia. “Não há como dizer prefiro este ou aquele”, afirmou.

Entre os destaques da sua coleção particular estavam a versão original de “Grande Sertão: Veredas”, de João Guimarães Rosa, a primeira edição de “Os Lusíadas”, de Camões, e outras primeiras edições, como as de “O Guarani”, de José de Alencar, e “A Moreninha”, de Joaquim Manuel de Macedo.

“Eu passei 15 anos atrás de um exemplar de ‘O Guarani’. Soube que estava com um grego, mandei muitas cartas a ele, que nunca respondia. Estava em Paris quando um livreiro me disse que estava com esse grego. Depois de muitas idas e vindas, o livro está comigo”, disse na época.

Em 2006, o bibliófilo doou sua coleção para a USP (Universidade de São Paulo), criando assim a Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin. O nome é uma homenagem ao bibliófilo e sua mulher, Guita Mindlin, que morreu em no mesmo ano da doação.

Com informações da Folha Online

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