O Ministério Público Federal em Ilhéus foi às ruas verificar o lançamento irregular de esgoto nas praias da cidade.
A vistoria, realizada na semana do Dia Mundial das Águas, 22 de março, constatou a ocorrência de dejetos que desembocam no mar, comprometendo a balneabilidade das águas e contribuindo para a disseminação de doenças entre os banhistas.
Na Praia do Cristo, próximo à Catedral de São Sebastião, a água fétida e de coloração escura se misturava a garrafas plásticas, latas de refrigerante, isopor, embalagens diversas e outros materiais. O odor era ainda mais desagradável nas proximidades na estação elevatória da Embasa, na Avenida Soares Lopes, um dos cartões postais da cidade.
O esgoto a céu aberto também era visível na praia da Avenida Litorânea Norte, no bairro do Malhado – o segundo local visitado. Lá, urubus sobrevoavam o acúmulo da sujeira que corria diretamente para o mar. A presença de mosquitos e outros insetos torna ainda maior o risco de propagação de doenças. Em virtude do mau cheiro, as pessoas circulam pelo local com os narizes tampados.
A atividade foi resultado de um Inquérito Civil Público em curso na Procuradoria da República em Ilhéus, que apura a denúncia de poluição da praia do centro da cidade pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento (EMBASA), em virtude de suposto lançamento irregular de esgoto. O objetivo, então, foi verificar in loco os fatos noticiados através de uma equipe comandada pelo Procurador da República Eduardo Ribeiro Gomes El-Hage. Para ele, o MPF vai continuar cumprindo o seu papel de zelar por um ambiente saudável para as presentes e futuras gerações. A atividade de fiscalização nas praias renderá um relatório que será juntado aos autos do inquérito, assim como as fotografias tiradas nos locais visitados.
Ascom/Procuradoria
