Além de ser o primeiro campeão brasileiro e representante do País na Taça Libertadores da América, o time conseguiu um feito ainda mais significativo por ter superado o Santos, considerado na época uma das melhores equipes do mundo, com Pelé em ótima forma e praticamente em início de carreira.
Para mostrar a importância da conquista não somente para o clube, mas para o futebol baiano e nordestino, o jornal A Tarde publica uma edição especial de oito páginas dentro do caderno de Esportes, abordando diversos aspectos da epopéia.
Além de fotos históricas dos campeões, as fichas de todos os jogos e a fórmula de disputa da competição, você vai saber como era o clube, então com 29 anos de fundação, em 1959/60. De que forma o Bahia era estruturado administrativamente, o patrimônio e conquistas. Também vai conhecer mais sobre o trabalho de bastidores dos dirigentes, como Osório Villas Bôas e Benedito Borges, que gastou toda a sua fortuna e hoje vive de pequena pensão.
Com a publicação, você vai saber a situação atual dos jogadores campeões que ainda estão vivos e o que dizem os parentes daqueles que já se foram sobre o que mudou na vida das famílias dos atletas após a conquista.
Além de depoimentos emocionantes de quem assistiu à final e a análise de tricolores da velha guarda e da nova geração sobre o clube, a voz do outro lado ganha forma na entrevista com Pepe, o canhão da Vila Belmiro, um dos craques do Santos de Pelé que reconhece a força do Bahia na época.
Há espaço também para o contexto histórico, com o que acontecia no Brasil e no mundo em 1960, época rica em manifestações socioculturais, revoluções comportamentais e muita efervescência na política. Era o período do projeto “50 anos em cinco”, de Juscelino Kubitschek, da construção de Brasília, da guerra fria, da corrida espacial com os preparativos para a ida do primeiro homem à Lua, da música de protesto e da Bossa Nova.