O protesto marca os 14 anos do massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, quando 19 trabalhadores foram mortos por policiais militares no dia 17 de abril de 1996.
A marcha também tem como fim mostrar a falta de estrutura nos assentamentos e a lentidão do governo federal em obter terras para assentar as famílias acampadas.
Segundo o MST, há cerca de 25 mil famílias no estado aguardando assentamento. Durante o percurso, os integrantes participam de cursos de formação política, oficinas de arte-educação, rodas de capoeira e exibição de filmes sobre cultura
Movimento passa por Feira
Milhares de integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST), que participam da Marcha Estadual, estão de passagem por Feira de Santana. Eles passaram a noite acampados no Parque de Exposição João Martins da Silva, às margens da BR-324. No início da manhã desta terça-feira (20) eles seguem para Salvador, onde pretendem acampar e realizar manifestações em defesa da celeridade do processo de reforma agrária em todo o país.
A previsão da coordenação do MST é da marcha chegar à capital daqui a uma semana, na segunda-feira (26). “Estamos reivindicando do Governos Federal e do Governo do Estado a retomada das negociações e chamando a sociedade para debater a reforma agrária”, explica Wueldes de Queiroz, um dos líderes do movimento.
Na pauta de reivindicação estão avanços nos assentamentos, garantia de infra-estrutura e debates públicos visando romper com a discriminação contra o movimento. “Só pretendemos sair de Salvador quando formos atendidos pelos representantes dos governos e tivermos uma resposta às nossas reivindicações”, ressaltou o assessor de comunicação Paulo Magalhães.
Os membros do MST que participam da marcha chegaram a Feira de Santana na noite de domingo (18). Desde então, vêm recebendo apoio da Prefeitura Municipal.