Pois bem, Joaquim José da Silva Xavier, o famoso Tiradentes, foi o líder de um importante movimento, conhecido como Inconfidência Mineira, que, no século 18, tentou tornar o Brasil independente de Portugal.
Ele nasceu em Minas Gerais em 1746. Foi tropeiro, mascate e dentista (por isso, Tiradentes). Mais tarde, ingressou na carreira militar, chegando ao posto de alferes no Regimento de Cavalaria Regular.
Foi durante esse tempo que Joaquim José teve contato com as ideias iluministas – as mesmas que inspiraram movimentos de libertação, como a Revolução Francesa e a Independência dos Estados Unidos.
Entusiasmado, se juntou a um grupo de escritores, militares e religiosos que tinha em comum a vontade de libertar o Brasil do domínio português e transformá-lo em uma república. Todos estavam insatisfeitos com a decisão da Coroa de aumentar a rigidez no controle fiscal da colônia.
Após muitas reuniões, eles acertaram detalhes das ações que realizariam, mas antes que se concretizassem, veio um golpe: um dos integrantes do grupo, Joaquim Silvério dos Reis, traiu o movimento em troca do perdão de suas dívidas com a Coroa.
Onze pessoas foram presas e condenadas à morte, mas apenas Tiradentes, talvez por sua baixa condição social, não conseguiu converter à pena de morte em exílio em colônias portuguesas na África.
Em 21 de abril de 1792, em um sábado ensolarado, Tiradentes foi conduzido à praça onde foi enforcado. Joaquim José teve sua cabeça cortada e o resto do corpo dividido em quatro partes que foram expostas no caminho entre o Rio de Janeiro e Minas Gerais como forma de intimidar futuros levantes.
A atitude do governo não surtiu efeito por muito tempo já que a Inconfidência Mineira desencadeou uma série de revoltas com objetivos separatistas ao redor do Brasil pouco mais de três décadas depois.