A área atingida chega a 20 dos 4.700 hectares da fazenda. A reintegração de posse já foi expedida pela Justiça, mas o MST afirma que só deixará o local após negociações com a Veracel, Polícia Militar e representantes do governo baiano e do Poder Judiciário. É a terceira invasão da mesma fazenda em menos de um ano.
Em nota, a empresa afirmou que o movimento passou a derrubar árvores maiores para venda clandestina da madeira. O coordenador do MST na região, Edcarlos da Silva, diz que a informação é “mentira”.
“A empresa quer desmoralizar a luta pela reforma agrária com informações falsas”, disse. De acordo com ele, os cortes só atingem árvores menores, sem valor de venda, com o objetivo de plantar alimentos como feijão e milho.
Ainda segundo ele, as derrubadas foram intensificadas porque o número de famílias invasoras passou de 400 para 550, desde o início da ação.
A invasão faz parte da onda de protestos chamada “abril vermelho”, realizada todos os anos para lembrar a morte de sem-terra em Eldorado do Carajás (PA), em 1996. Neste ano na Bahia, 17 fazendas foram invadidas.
Em Salvador, mais de 5.000 integrantes do MST estão acampados desde terça-feira (27) em frente à Secretaria da Agricultura da Bahia. Ontem à noite, eles participaram de negociações com representantes da pasta e devem deixar o local ainda nesta sexta-feira.
Representantes do grupo foram recebidos nesta manhã pelo governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), para formalizar os acordos firmados ontem.
Informações da Tribuna da bahia