História

Riachão do Jacuipe – Emoção marcou enterro de Humberto Falconery Rios

O corpo, que estava sendo velado em Feira de Santana, chegou a Riachão do Jacuipe por volta das 10h30 para ser enterrado no cemitério local. Na chegada, o veículo que transportou o caixão estacionou na Praça central da cidade, em frente à Farmácia de Chuá, sendo logo cercado por parentes e amigos.

 

A família Falconery estava em peso. O ex-prefeito de Pé de Serra, Pedro Falconery Rios (Piroquinha), irmão da vítima, estava muito abatido. Tanto ele quanto os filhos Jorge Rios, Zé Peba e Miinho não contiveram a emoção.

 

Logo que se aproximou do caixão, o ex-prefeito deu uma crise de choro, pedindo explicações para o bárbaro crime cometido contra seu irmão. “Eu estou preocupado com papai, pois tenho medo dele não aguentar”, disse o filho Zé Peba, atendendo alguém pelo celular, também aos prantos.

 

Durante o pouco tempo em que o caixão permaneceu no centro da cidade, o local ficou tomado de pessoas que deixaram as suas casas e o comércio para acompanhar o enterro. Eram empresários, advogados, políticos, parentes e amigos que foram se despedir de Humberto Falconery.

 

 A caminho do cemitério, mais pessoas se integraram ao grupo. No cemitério, várias pessoas da cidade vizinhas – principalmente Pé de Serra e Feira de Santana – já esperavam o corpo para o ato religioso na Capela. 

 

O crime

 

O crime bárbaro que vitimou com golpes de foice o contador Humberto Falconery Rios, 65 anos, no último sábado (08), continua sem explicação. Humberto foi assassinado covardemente na sua própria fazenda Babado, no município de Candeal.

 

O assassino, conhecido como Antônio Bengo, já preso em Feira de Santana, estava armado com uma foice e um facão, mas usou apenas a primeira arma para praticar o crime que, tudo indica, havia premeditado. Segundo especulações, o criminoso vinha cobrando a doação de umas tarefas de terra, que alegava lhe ter sido prometida pelo pai de Humberto, morto há mais de 20 anos. A família diz desconhecer qualquer acerto.  

Para consumar o crime, Antônio Bengo desferiu cerca cinco golpes contra a vítima, que ficou estendida no chão. Enquanto isso, ele ainda tentou matar o vaqueiro José Eduardo dos Santos Silva e a sua mulher, que conseguiram escapar.

Tão logo tomou conhecimento do crime, o comando da Policia de Riachão do Jacuipe enviou uma viatura para a região da Teimosa, onde residia o criminoso. Sob o comando do Sargento Lindoval Ribeiro, os policiais prenderam Antônio Bengo em sua casa. Ele foi levado para Feira de Santana, na delegacia do bairro Queimadinha.

Por quê?

 

Nem a Policia nem a família souberam explicar os motivos do crime. Os questionamentos aumentam ainda mais quando todos têm conhecimento de que Humberto Falconery Rios é um contador bem sucedido, com escritório em Feira de Santana, mas que atende em todos os municípios da região, principalmente Riachão do Jacuipe.

Ademais, é inquestionável o caráter, a personalidade e a leveza de espírito de Humberto Falconery. O máximo que se pode atribuir a este crime bárbaro é que, com tanta banalidade no mundo, com tanta gente corrupta, vulgar e fútil, o crime seja contabilizado nessa conta negativa, que arrasta o mundo para o fundo do poço.

Por Evandro Matos

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