Meio Ambiente

Chuvas voltam a ameaçar PE e AL; Força Nacional faz ronda contra saques em cidades devastadas pelas águas

No domingo, desembarcaram cerca de 40 policias em Alagoas para reforçar o policiamento das áreas atingidas pelas chuvas, que já deixaram 54 pessoas mortas em Alagoas e Pernambuco.

A Força Nacional ficará a disposição do Estado de Alagoas por 60 dias. Além dos policiais, foram enviadas quatro viaturas, um microônibus e uma van para o deslocamento da tropa.

Compõem a tropa que chegou em Alagoas, militares do Rio Grande do Sul, Amazonas, Rio de Janeiro e São Paulo. São 38 praças, uma mulher, um oficial.

A ajuda foi solicitada pelo próprio governo de Alagoas, que teme uma onda de saques nas cidades destruídas.

Além dos 40 policiais, outros 37 bombeiros especializados em resgate em enchentes estão sendo enviados ao Estado, para o caso de novos temporais.

Um helicóptero também foi enviado ao Estado, para ajudar na distribuição de cestas básicas e no resgate de vítimas.

Pernambuco também receberá um helicóptero. Segundo o Ministério da Justiça, o Estado não fez outras solicitações ao governo federal.

As cheias trouxeram a alta dos preços de alimentos e produtos básicos. Também faltam medicamentos. Em Palmares e na vizinha Barreiros, ambas em Pernambuco, ouvem-se queixas. O galão de água chega a R$ 10 –antes, era R$ 4.

Ainda sem energia, uma vela simples é vendida em Barreiros por R$ 2. ‘Era o preço de um pacote inteiro’, diz o morador Itaci Saldanha. O pacote de macarrão custa R$ 4, o dobro do valor da última semana. Botas para enfrentar a lama chegam a R$ 50. Quem não pode pagar usa sacos plásticos nos pés.

Segundo comerciantes, a ‘inflação’ se deve à perda de estoques e ao fechamento dos mercados. ‘Precisamos reforçar a segurança com medo de saques’, diz Josué Ribeiro, do Mercado Central.

  

Vítimas

As fortes chuvas que atingem parte da região Nordeste desde o dia 18 de junho já provocaram a morte de 54 pessoas e fizeram mais de 150 mil pessoas suas casas em Alagoas e em Pernambuco.

As duas últimas mortes confirmadas são de uma criança de 2 anos e um homem de 34, nas cidades pernambucanas de Recife e de Gameleira.

Pernambuco registra 20 mortes, 26.966 desabrigados –estão em casas de amigos e parentes– e outros 55.643 desalojados, ou seja, dependem de abrigos públicos. Também há 142 pontes danificadas devido às chuvas.

Em Alagoas, as chuvas provocaram 34 mortes. Outras 80 mil pessoas foram afetadas, sendo que cerca de 75 mil tiveram que deixar suas casas. Desses, 47.897 estão desalojados e 26.618 desabrigados. Além disso, há registro de 135 pessoas que deixaram suas casas e não foram localizadas.

Com informações da Folha Online

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo