O Estádio Rei Pelé se reencontrou com Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. O rei deixou a Copa do Mundo, na África do Sul, e veio comemorar com políticos e empresários alagoanos, 40 anos depois, mais uma reforma do Trapichão.
O povo ficou de fora da festa que teve tapete vermelho. No único momento que a torcida viria Pelé, com a bola no pé – dando o chute inicial da partida entre CSA x CRB – uma centena de autoridades e seus amigos, mais uma dezena de repórteres, encobriu a imagem.
O clássico das letrinhas azul e alvirrubras rolou, com chuva e o campo comprometido com buracos, denunciado por falhas na grama. O resultado do jogo foi previsto por Pelé, duas horas antes. “Pra mim seria melhor que terminasse empatado”, antecipou o rei durante entrevista coletiva.
Copa, Dida e o gol de Luis Fabiano
Quando falou de Copa do Mundo, Pelé disse que o uso eletrônico para evitar erros de arbitragem tem sido discutido internamente no Conselho da Fifa, do qual faz parte. O rei explicou que o uso do chip na bola dependeria do raio laser para leitura ótica. “O problema é que nos casos em que o goleiro encaixasse a bola sobre o laser não conseguiria ler”, justificou Pelé.
Sobre 1958 desfez a informação de que só entrou em campo depois de uma pressão liderada por Didi, para que com Garrincha fossem escalados pelo técnico Vicente Feola. Depois de agradecer pela pergunta disse que já era titular da seleção, vaga que conquistou quando disputou a Copa Roca, no ano anterior, na Argentina.
Pés do ídolo eternizado no Hall da Fama
Se no nome do prédio, Pelé já é eterno, agora, ele completou o ciclo deixando a forma de seus pés para o Hall da Fama. Ao lado do ex- jogador Douglas Silva Franklin, que jogando pelo Santos em 24 de outubro de 1970 marcou o primeiro gol do estádio, o rei tirou os sapatos e em meio a uma grande confusão cumpriu mais essa etapa da solenidade.
Para chegar ao local da homenagem, no 4º andar, enfrentou as escadas porque o elevador pifou. Pelé mostrou que está com o fôlego. No caminho foi ainda mais assediado. Eram pedidos de autógrafos e fotos. Pelé pode ter certeza que Alagoas o perdoou pelos 40 anos de distância.
Com informações do Gazeta de Alagoas