Polícia

Desaparecimento de mulher grávida em B. Jesus da Lapa lembra caso Eliza

O caso vem despertando a atenção de todo o país.

Mas casos como esse, de crimes contra a mulher, se tornam cada vez mais frequentes. Todos os dias, novos registros são feitos nas delegacias e histórias absurdas são contadas.

Uma história muito parecida com a do goleiro Bruno aconteceu em Bom Jesus da Lapa, no oeste da Bahia. É o caso de Maria Isabel, que estava grávida de quatro meses quando desapareceu depois de ter ido se encontrar com o ex-amante dela, o principal suspeito do crime, segundo a polícia.

As investigações já duram mais de um ano, só que até agora nada se descobriu e ninguém está preso. Uma história que precisa de mais explicações.

Há mais de um ano, a mãe chora inconformada. Desde o dia 8 de abril de 2009, a filha Maria Isabel Cristina Benevides nunca mais foi vista em Bom Jesus da Lapa. ‘Ela sempre dizia: ‘mãe, fulano está atrás de mim’. Mas nunca me disse quem era’, conta dona Elisa Góes, Mãe de Maria Isabel.

Maria Isabel teve um caso com o funcionário da Infraero e também empresário do ramo de mercado Wélio Barbosa dos Santos. Depois que a mulher dele Valdirene Brito descobriu o relacionamento fora do casamento, a amante começou a sofrer ameaças.

Uma mulher que não quis se identificar foi uma das últimas pessoas a ver Maria Isabel. Ela diz que, antes de desaparecer, a amiga, que já tinha iniciado o pré-natal, fez um pedido. ‘Que se acontecesse alguma coisa com ela, eu chamasse a polícia. Vinha [sendo ameaçada]’, afirma.

Maria Isabel saiu de casa no fim da tarde para encontrar com Wélio. Deixou a filha de oito anos, de outro relacionamento, na casa da madrinha da criança.

Maria Isabel foi deixada numa esquina, na última vez em que foi vista. Segundo a polícia, ela caminhou por uma estrada de chão, um lugar pouco movimentado perto da Infraero, onde trabalha o principal suspeito do desaparecimento de Maria Isabel, Wélio Barbosa dos Santos.

O delegado diz que conta com o apoio da inteligência da Polícia Civil do estado para esclarecer o caso. Segundo o delegado, os depoimentos indicam que se trata de homicídio triplamente qualificado por causa da ocultação do corpo e por Maria Isabel estar grávida na época.

Wélio Barbosa e Valdirene Brito tiveram as prisões decretadas no dia 11 de abril de 2009. A mulher de Wélio ficou presa temporariamente por mais dois meses e foi solta por meio de um habeas corpus. Wélio ficou foragido por sete meses e só voltou para Bom Jesus da Lapa quando o pedido de prisão não tinha mais efeito.

‘Ela porque foi a pessoa que fez a ameaça e ele porque era a pessoa que ela dizia ter um caso’, afirma o delegado Antônio Cordeiro.

Agora, Valdirene Brito não está na cidade. Nossa equipe procurou Wélio Barbosa dos Santos, na casa onde mora, no mercado que é dono, e na Infraero, mas sem sucesso.

‘Ele não está. Trabalhou de manhã. Não sei informar, senhor [quando ele vai voltar’, respondeu uma mulher que atendeu o interfone da casa dele.

‘Foram feitas inúmeras buscas. Foram encontrados inúmeros corpos e mandados para o IML. Esses corpos não deram como sendo dela. Não tem a prova material que seria o corpo ou restos do corpo que pudesse ter a certeza de que está morta e que o crime se materializou’, esclarece o delegado.

A mãe de Maria Isabel ainda espera uma solução para o caso. ‘Eu quero justiça. Não quero dinheiro dele, não quero nada. Eu quero justiça. Quero dar conta da minha filha’, desabafa.

As informações são do Bahia Meio Dia

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