História

Aniversário de morte do ex-senador ACM é lembrado por amigos e aliados

O evento foi marcado também pela presença de antigos aliados do grupo liderado pelo ex-senador, embora hoje nem todos estejam remando na mesma direção, como acontecia no auge do carlismo. Assim, pôde se observar as presenças do candidato ao governo baiano Paulo Souto (DEM), que segue na mesma direção, e do prefeito João Henrique (PMDB) e o senador César Borges (PR), que estão em partidos diferentes e seguem outros caminhos.

Condutor do legado político do grupo liderado por ACM durante quatro décadas, o ex-governador Paulo Souto buscou a sua relação com o antigo aliado para inspirar a sua campanha para voltar ao governo do estado.

“O inesquecível senador Antonio Carlos Magalhães nos legou o exemplo de um homem público comprometido com os valores de seu povo e com os interesses de seu estado. Esse amor de ACM à nossa terra é que nos inspira e motiva nesta batalha pelo resgate da grandeza de uma Bahia que, nos últimos anos, só se apequenou”, disse Souto durante as homenagens.

Já o senador César Borges, também um antigo aliado, mas que hoje preside o PR e é candidato à reeleição na chapa de Geddel Vieira Lima (PMDB), um velho rival do ex-senador Antônio Carlos, também marcou presença na missa e disse ser favorável à criação do Instituto Antonio Carlos Magalhães.

“Estivemos sempre juntos – seja quando fui secretário do seu governo, seja no período em que governei a Bahia ou, mais recentemente, quando juntos, no Senado Federal, trabalhamos para promover o engrandecimento da nossa terra, o engrandecimento do nosso povo”, disse.

César Borges também felicitou a iniciativa da família Magalhães de criar o Instituto Antonio Carlos Magalhães de Ação, Cidadania e Memória: “A Bahia merece um instituto como esse, que promova a cultura da nossa terra, a cidadania e que, principalmente, cuide para que a lembrança do saudoso senador Antonio Carlos esteja sempre viva no coração do povo baiano”.

O prefeito João Henrique também esteve presente na missa.  Emocionado, ele lembrou dos anos de amizade de ACM e seu pai João Durval. “Foram muitos anos de convívio entre as famílias, em minha adolescência inúmeras vezes veraneamos em Madre de Deus, onde o senador tinha uma casa de praia. Amizade entre meu pai e ACM sempre extrapolou a política. Essas homenagens sempre emocionam principalmente em se tratando de uma pessoa que fez história. Agora o Instituto vai dar seguimento a preocupação do senador com Centro Histórico e imortalizar o seu amor pela Bahia”, ressaltou.

Representando a família, o deputado federal ACM Neto falou sobre as características singulares do avô ao longo de 50 anos de vida pública. “É um momento emocionante, sobretudo para minha avó e os amigos que vivenciaram os desafios e provações, de momentos que ficarão marcados em nosso coração. A Bahia sente saudade do político que nunca se furtou em defender suas convicções, ao longo de 50 anos de vida pública, sempre foi um arauto com voz firme defendendo os interesses do nosso Estado”, destacou o deputado.

“Jamais será esquecido porque está eternizado no coração do povo baiano. Ele era um grande amigo, porque tive a oportunidade de conhecer o homem, além do político. Portanto posso afirmar que era uma criatura generosa, sem preconceitos e que amava a Bahia de verdade”, disse Monsenhor Gaspar Sadoc.

Instituto

 

Ainda durante a missa, familiares do senador assinaram o estatuto para a criação do Instituto Antonio Carlos Magalhães de Ação, Cidadania e Arte, que será lançado oficialmente no próximo dia 4 de setembro, data de aniversário de ACM.

Voltado para a formação de gestores públicos e privados e para a preservação da memória do senador, o instituto vai funcionar no Terreiro de Jesus, no centro histórico de Salvador. Sem fins lucrativos, o instituto vai abrigar um museu com fotografias, vídeos, áudios, discursos e objetos pessoais de ACM, além de uma biblioteca com cerca de 4.000 livros do acervo pessoal do político.

Principal político da Bahia nos últimos 50 anos, e uma das mais destacadas lideranças do Brasil, ACM foi deputado estadual, deputado federal, prefeito de Salvador, governador da Bahia (três mandatos), senador e presidente do Congresso Nacional, dentre outras atividades exercidas ao longo de 53 anos de atividades políticas. Antonio Carlos Magalhães morreu em São Paulo, no dia 20 de julho de 2007, aos 79 anos.

Além do ex-governador e candidato ao governo, Paulo Souto, e do senador César Borges, participaram da solenidade também o prefeito João Henrique Carneiro, o senador Antonio Carlos Magalhães Junior, os deputados José Carlos Aleluia, ACM Neto e Paulo Magalhães, o ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo, entre outros.

Da redação

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