Com 97% da sua área desmatados e com 17% com sinais de desertificação, o município agora conta com filtros que irão impedir a emissão de partículas de fumaça e fuligem oriundas das chaminés desses estabelecimentos. Os mesmos empreendimentos somente utilizarão lenha certificada ou autorizada pela Secretaria do Meio Ambiente, evitando assim a pressão sobre o que resta da vegetação nativa local,
Outras quatro padarias desistiram dos fornos a lenha e instalaram fornos a gás.
Durante a entrega dos equipamentos, que ocorreu em ato solene no Centro de Abastecimento Municipal (Mercadão), João Gonçalves, secretário do Meio Ambiente, entregou o selo de “Padarias Sustentáveis” e assinou ato solicitando da Câmara Municipal autorização para renúncia fiscal de 20% dos impostos arrecadados pelos panificadores e de outras taxas. “A economia gerada nos investimentos com serviços de saúde pública às vítimas de fumaça, que a partir de agora serão reduzidos, compensam o incentivo aos empreendedores”, afirmou.
A iniciativa
A iniciativa para tornar o ramo de panificação ecologicamente correto, foi da Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável que mobilizou os panificadores, o SEBRAE, Banco do Nordeste, Banco do Brasil e a Associação Comercial local. “Do ponto de vista prático, os panificadores iniciam hoje uma nova ordem, promovendo o desenvolvimento ecologicamente planejado. Óbvio que isso aumenta a responsabilidade do poder público, que deverá garantir a fiscalização para impedir a concorrência desleal dos que não estão investindo na sustentabilidade”, disse o presidente da APANI – Associação de Panificadores de Irecê e Região, criada durante o processo de construção do pacto.
Ascom
