Agora, vivendo um novo momento, a Justiça do município parece reagir atenta às queixas da população. Assim, o “Combate à corrupção eleitoral” foi o tema da audiência pública realizada na quinta-feira (12) por iniciativa da ONG Mobilizadores Sociais em Riachão do Jacuípe.
O evento contou com as participações do juiz eleitoral da cidade, José Ferreira Filho, de Pablo Galvão, chefe de Cartório Eleitoral, além de políticos outras autoridades civis.
Para o coordenador executivo dos Mobilizadores Sociais, Josemar Carneiro, “o evento teve o objetivo de desenvolver ações no sentido de tornar mais clara as questões eleitorais no município com base na lei eleitoral 984/99. Entre outras ações públicas de modo geral, alertou ainda para a necessidade de a população jacuipense entender qual é de fato a função dos Mobilizadores”.
Segundo o juiz José Ferreira Filho – que lamentou o número reduzido do público pela importância do evento -, “as pessoas devem encaminhar as denúncias ao Ministério Público sempre que presenciarem atos como compra de voto, propaganda eleitoral irregular, etc. Para isso, orientou que é necessário registrar os atos de corrupção eleitoral em fotos com datas e horário do acontecido ou filmagens, contando que o denunciado tenha amplas condições de defesa”.
Participação do público
Na segunda etapa do evento, aberta à participação das pessoas para questionamentos, o vereador Carlos Matos trouxe uma denúncia, segundo ele, muito freqüente no município. De acordo com o vereador, as festas de vaqueiro de todo o município ganham uma dimensão especial no ano de eleições.
Foram citadas pelo vereador festas com grandes atrações ocorridas esse ano e contratadas pelo poder público. Citou a festa de Vaqueiros do povoado de Campo Alegre, com a Banda Brega e Vinho, de Barreiros, com Seu Maxixe, e Ponto Novo, com a dupla Tony e Jú, dentre outras em que os candidatos a deputados do prefeito são oportunamente apresentados.
Respondendo a essa questão, o juiz José Ferreira Filho orientou que devem ser gravadas e encaminhadas à justiça. Caso o cidadão não queira se expor, pode pedir auxílio de um oficial para o acompanhar.
Por Laura Ferreira