Educação & Cultura

Serrinha – Integrantes de tribo indígena equatoriana conquistam o público com suas músicas e simpatias

Eles tocam os instrumentos característicos das tribos e despertam as atenções de curiosos que param para observar as apresentações e comprar os CD’s que custam R$ 15,00 e os DVD’s de R$ 20,00.

Falando pouco, um dos integrantes do grupo informou à nossa reportagem que ficarão em Serrinha só até esta segunda-feira (16). Em seguida, vão para Conceição do Coité, Santaluz e outras cidades da região.


 

Porém, sabendo do grande número de turistas que virão para a Vaquejada de Serrinha no mês de setembro, eles já confirmaram que voltarão à cidade neste período.

Conhecendo o povo Shuar…

Os Shuaras são o povo amazônico mais numeroso, (aproximadamente 80 mil indivíduos). Habitam entre as selvas do Peru e Equador e a língua falada é o Shuar. 

A história de resistência do povo Shuar é antiga. Eles foram atacados pelos Incas, em 1490, e pelos colonizadores espanhóis, em 1549, mas resistiram às suas conquistas  e não perderam seus territórios. Em 1599, comandados por Kirup, expulsaram definitivamente os espanhóis.

Os europeus deram-lhes o nome de Jíbaros (também jivaros ou xivaros), que significa “selvagens”, devido a pratica do encolhimento de cabeças dos inimigos derrotados.

O ritual é feito da seguinte forma: os Jíbaros primeiro cortam a cabeça de seu adversário. Depois, com uma faca, faz-se um corte desde a nuca ao pescoço e desprende a pele do crânio, eliminando o cérebro, olhos e demais partes macias, além dos ossos.

O passo seguinte consiste em colocar a pele em água fervendo e acrescenta suco de liana (uma espécie de planta trepadeira) e outras folhas, que evitam que o cabelo caia. Mantêm a cabeça submergida durante uns quinze minutos; já que se o fizesse mais tempo a cabeça poderia amolecer muito e ficar podre.

A seguir, retiram a cabeça da água e, nesse momento, já está a metade do tamanho original, e  põem para secar. Uma vez seca, se raspa a pele por dentro para tirar restos de carne e evitar o mau cheiro e a putrefação e esfrega-se por dentro e por fora com azeite de carapa.


Depois, costuram o corte realizado na nuca para extrair os materiais macios e o crânio. Também costuram os olhos e a boca, ficando a cabeça como uma carteira, na que se joga uma pedra do tamanho de um punho ou o volume equivalente em areia quente.

Finalmente penduram sobre o fogo para secá-la pouco a pouco com a fumaça, ao mesmo tempo em que vão dando forma ao couro com uma pedra quente. Neste processo, a cabeça fica reduzida. Depois retiram a pedra ou a areia e mancham a pele de negro.

Por Cival Anjos – de Serrinha

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