Desde junho, os automóveis estão em média 1,08% mais baratos, segundo a inflação oficial do governo – o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O que significa que um carro que custava R$ 30 mil em maio, passou a custar R$ 324 a menos em julho.
A diferença é suficiente para pagar as despesas com as taxas de emplacamento do veículo – de cerca de R$ 245,64 – e ainda sobra dinheiro para encher o tanque.
Os altos estoques das montadoras, a prática comum de mercado de “desovar” modelos 2010 por causa da chegada dos modelos 2011 e, sobretudo, a concorrência, são fatores que contribuem para a queda.
“Os lançamentos do mercado estão mais velozes, sempre há redesenhos de modelos e ainda há o aumento de importados no mercado brasileiro”, explica o consultor da Booz & Company Fabio Takaki.
Para o presidente da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), Sérgio Reze, o problema não é estoque, já que as empresas produzem de acordo com a procura. Além disso, as montadoras organizam sua produção para não atrapalhar a saída dos modelos antigos.